Foi em junho de 2017 que Daniel Day-Lewis anunciou em comunicado que iria abandonar a representação, confirmando que "Linha Fantasma", de Paul Thomas Anderson, seria a sua despedida do cinema.
Passados praticamente sete anos, a intenção mantém-se, revelou o realizador irlandês Jim Sheridan, que dirigiu o ator em três dos seus filmes mais importantes: "O Meu Pé Esquerdo" (1989), "Em Nome do Pai" (1993) e "O Boxer" (1997).
Antes de "Haverá Sangue" (2007) e "Lincoln" (2012), Day-Lewis ganhou o primeiro Óscar com "O Meu Pé Esquerdo" e foi nomeado com "Em Nome do Pai", "Gangs de Nova Iorque" (2002) e "Linha Fantasma" (2017).
"Ele diz que acabou. Continuo em contacto com ele”, disse Sheridan ao ScreenDaily (via Variety) sobre o tema, garantindo que "adoraria" que voltassem a trabalhar juntos.
O realizador revelou ainda um pormenor curioso sobre o reclusivo ator de 66 anos que não ajuda a mudar de ideias.
"Ele é como toda a gente. Abre os serviços de streaming e há sete mil opções, nenhuma delas é boa. Os filmes foram transferidos do domínio público [as salas] para um domínio privado – uma pessoa tem um controlo remoto e pode pará-los. Não é a mesma experiência. Seria ótimo ver Daniel a voltar e fazer alguma coisa porque ele é muito bom".
Day-Lewis fez uma rara aparição pública a 11 de janeiro deste ano para entregar um prémio de carreira a Martin Scorsese, que o dirigiu em "A Idade da Inocência" (1993) e "Gangs de Nova Iorque", que também manifestou no seu discurso a esperança de ter tempo para fazer "mais um" com ele.
Trailer "Linha Fantasma".
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