Os espetadores com, pelo menos, cinquenta anos lembrar-se-ão do desconcertante (e fascinante!) efeito de surpresa que foi, em 1978, a revelação de
«Intimidade». Graças a
«Annie Hall» (1977),
Woody Allen tinha sido consagrado como génio universal de uma nova configuração da comédia romântica...
Apenas um ano depois, surgia com este filme triste e grave, «bergmaniano» até à medula, percorrendo os labirintos de uma família lentamente destruída pelos seus fantasmas interiores. A ligeira e luminosa
Diane Keaton («Annie Hall») surgia, agora, como um ser de profundos enigmas, liderando um «cast» que incluía a excelência de veteranos como
E. G. Marshall,
Geraldine Page e
Maureen Stapleton. Tudo recoberto pela assombrosa luz da fotografia de Gordon Willis.
João Lopes
Revista Metropolis
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