O investimento total será de oito milhões de euros, quatro milhões dos quais irão ser gastos em Lisboa, numa coprodução entre Portugal, Alemanha e Suíça, em cuja capital decorreram, ao longo de quatro dias, as únicas filmagens da obra fora de Portugal.
«Comboio Noturno para Lisboa» irá estrear no início do próximo ano e terá distribuição a nível mundial, foi anunciado pela produtora Ana Costa.
A produção do filme, que é a adaptação de um romance do escritor suíço
Pascal Mercier, vai envolver uma equipa de 75 pessoas, na sua maioria portugueses, para contar a história de um professor de Latim de Berna que, nos anos 1960, chega a Lisboa para descobrir mais sobre Amadeu de Prado, médico-escritor e aristocrata português opositor ao regime ditatorial que então vigorava no país.
O principal papel está a cargo do ator inglês
Jeremy Irons, que volta a trabalhar em Portugal, como recordou hoje no encontro com os jornalistas, 19 anos depois de ter estado no país para rodar
«A Casa dos Espíritos», também dirigido por
Bille August e baseado no romance homónimo da chilena Isabel Allende.
Irons disse que se trata de uma «história de descoberta, mistério e aventura».
Os atores
Nicolau Breyner e
Beatriz Batarda são alguns do portugueses que também fazem parte do elenco, que conta ainda com a representação de
Melanie Laurent (França),
Jack Huston e
Tom Courtenay (Reino Unido),
August Diehl (Alemanha) e
Bruno Ganz (Suiça), entre outros.
Ana Costa, da produtora Cinemate, disse que «Comboio Noturno para Lisboa» vai ser o filme que contará com o maior apoio financeiro do fundo europeu Eurimages, cujo valor não especificou.
Salientou também o investimento, no atual contexto de crise, que o filme vai trazer a Lisboa, onde injetará quatro milhões de euros durante o período das filmagens.
O Município lisboeta consta entre os patrocinadores da obra, tal como o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA). Já o Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual (FICA) não deu qualquer contributo financeiro, apesar de ter subscrito um contrato nesse sentido, falha que Ana Costa atribuiu ao facto de aquela instituição estar «paralisada» desde 2008.
Esse investimento faria ainda mais sentido por o filme ter já assegurada a exibição no estrangeiro, a cargo da distribuidora alemã K5. Em Portugal esse papel será assumido pela ZON Audiovisuais.
@Lusa
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