A Cinemateca Francesa vai dar "Carta Branca ao Festival IndieLisboa", na sua programação de outubro, que se traduzirá na exibição de filmes selecionados e premiados pelo certame português, anunciou hoje (7) a instituição, em Paris.
"O Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa, IndieLisboa, propõe, todos os anos, um panorama excecional da criação cinematográfica. Com uma competição prestigiosa e secções de prospetiva [sobre as tendências da produção], o festival conquistou reputação internacional", lê-se na página de abertura da Cinemateca Francesa, com os destaques da sua nova temporada.
A "Carta Branca" dada ao IndieLisboa traduzir-se-á na exibição de quatro curtas-metragens, premiadas em diferentes edições do festival, e de uma longa-metragem, ainda a escolher entre as premiadas na mais recente, que abriu no passado dia 25 de agosto, e encerrou no sábado a secção competitiva.
"Past Perfect", de Jorge Jacôme, "Solar Walk", de Reka Bucsi, "Cilaos", de Camilo Restrepo, e "Poder Fantasma", de Afonso Mota, são as quatro curtas-metragens de produção ou coprodução portuguesa a exibir na Cinemateca Francesa, no próximo dia 26 de outubro.
A sessão será apresentada pelo diretor do festival português Miguel Valverde.
Os principais prémios da longa-metragem, da edição deste ano do festival, distinguiram "O Fim do Mundo", do luso-suíço Basil da Cunha, na competição nacional, “A Metamorfose dos Pássaros”, de Catarina Vasconcelos, com o prémio do público e o prémio de melhor realização, e "Victoria", produção belga de Isabelle Tollenaere, Liesbeth De Ceulaer e Sofie Benoot, com o prémio especial do júri.
A secção Silvestre, dedicada a filmes “cuja rebeldia espelhe o espírito do festival”, distinguiu este ano o cinema brasileiro e "a sua vitalidade […], num momento em que se encontra gravemente ameaçado", atribuindo o prémio de melhor 'longa', em ex-aequo, a "Breve Miragem do Sol", de Eryk Rocha, e "Todos os Mortos", de Caetano Gotardo e Marco Dutra.
Foi também premiado o filme "A Febre", da realizadora brasileira Maya Da-Rin, centrado num guarda do porto da cidade de Manaus, de origem indígena, vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa da competição internacional, que já foi exibido na Cinemateca Francesa, na temporada passada.
A 17.ª edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema, que costuma realizar-se entre abril e maio, teve início em 25 de agosto, com uma seleção de mais de 200 filmes, e encerrou a secção competitiva no sábado.
O festival continua a exibir os filmes vencedores, até quarta-feira, no Cinema Ideal, em Lisboa.
Na Cinemateca Portuguesa, prosseguem, até sexta-feira, os ciclos dedicados ao realizador senegalês Ousmane Sembène e aos 50 anos do Fórum do Festival de Berlim.
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