Nunca teve computador ou telemóvel, enviou emails ou mensagens, muito menos esteve no Twitter, mas a pandemia forçou Christopher Walken a entrar à força na era tecnológica.

Ou, pelo menos, a cumprir os serviços mínimos.

O ator de 77 anos está agora a dar entrevistas por zoom para promover o novo filme "Wild Mountain Thyme" ("O Amor Move Montanhas" em Portugal, com estreia anunciada para 11 de fevereiro), uma situação completamente nova numa longa carreira onde se destacam títulos como "O Caçador", com o qual ganhou um Óscar, "Cães de Guerra", "Zona de Perigo", "007 - Alvo em Movimento", "Batman Regressa", "Amor à Queima-Roupa", "Pulp Fiction", "Apanha-me Se Puderes" ou "Hairspray".

Mas a experiência também é inédita na vida de Christopher Walken, que admitiu no "The Late Show with Stephen Colbert" que nunca teve os dispositivos tecnológicos que se tornaram incontornáveis na vida da maioria das pessoas e alguém teve de montar tudo para que fosse possível dar as entrevistas virtuais a partir da sua casa em Connecticut.

Questionado se se tratava de uma "oposição moral, filosófica ou emocional", a resposta foi muito mais simples.

"Apenas cheguei demasiado tarde. Acho que estou mesmo numa certa idade em que isso simplesmente passou por mim. E acabei por nunca me envolver porque seria estranho que alguém com dez anos fosse melhor nisso do que eu", explicou.

Em relação aos telemóveis, Walken explicou que " é um pouco como um relógio", ou seja, "se precisar de um, mais alguém tem".

"As pessoas são muito simpáticas em relação a emprestarem-me coisas", garantiu.

"Às vezes, num filme eles arranjam-me um telemóvel, mas é mais para saberem onde me encontrar", acrescentou.

"E se alguma vez quero usar, alguém tem de ligar por mim, esse tipo de coisa", acrescentou para confirmar que a experiência com os dispositivos eletrónicos continua a ser muito limitada.

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