A caminho dos
Óscares 2020
A transmissão da 92ª cerimónia dos Óscares alcançou na noite de domingo a pior audiência da sua história, com apenas 23,6 milhões de espectadores nos Estados Unidos, uma forte queda em comparação com o ano passado, segundo a ABC.
Em 2019 pararam à frente dos televisores americanos para assistir à entrega dos prémios mais famosos do cinema 29,6 milhões de pessoas, após 2018 terem sido 26,5 milhões, o que fora o pior resultado .
A edição de 2020 certamente será lembrada por ter premiado como melhor filme "Parasitas", a primeiro longa-metragem de língua estrangeira a ganhar a estatueta mais cobiçada.
Mas os críticos concordam que a cerimónia, que durou mais de três horas e meia, foi aborrecida e deixou poucos momentos memoráveis.
Pelo segundo ano consecutivo, a organização decidiu excluir a figura do anfitrião, na esperança de repetir o sucesso de 2019, mas as atuações das estrelas que se revezaram fazendo piadas e apresentar os prémios foram em geral dececionantes.
O realizador sul-coreano Bong Joon-ho "evitou que a cerimónia fosse uma das piores da história" dos Óscares, escreveu o "site" especializado IndieWire.
"Grande parte do que se propôs durante os Óscares 2020 simplesmente não funcionou", salientou, resumindo o consenso geral.
Quanto aos números musicais, entre Randy Newman e Elton John, "parecia todas as cerimónias dos Óscares que já se viram nas últimas duas ou três décadas", publicou o Washington Post.
A audiência, que em 2014 superou os 43 milhões, não deixou de cair nos últimos anos nos Estados Unidos, assim como as restantes cerimónias da temporada de prémios, como os Globos de Ouro e Grammy.
Os Óscares foram alvo de duras críticas mais uma vez este ano pela sua falta de diversidade étnica e cultural nas nomeações, além da ausência de mulheres na categoria de melhor realização. Surgiram até pedidos de boicote nas redes sociais.
Das 39 estatuetas douradas entregues nesta edição, um terço foi parar às mãos de mulheres.
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