É uma questão de "sobrevivência": Sean Bean está a cortar nos projetos em que a sua personagem morre, seja no cinema ou na televisão.
De "007 - GoldenEye" a "O Senhor dos Anéis: A Irmandade do Anel" e, claro, "A Guerra dos Tronos", o ator britânico morreu 25 vezes numa carreira com mais de 70 títulos em 35 anos.
"Recusei coisas. Disse: 'Eles [os espectadores] sabem que a minha personagem vai morrer porque eu estou nele! Tive de cortar nisso e começar a sobreviver, caso contrário era um pouco previsível", explicou ao jornal The Sun.
O ator acrescentou que teve um trabalho recente em que lhe disseram que o iam matar e perante a sua reação, acabaram por chegar a um compromisso: "ferir com gravidade".
"Interpretei muitos vilões, foram ótimos mas não davam muita satisfação e morria sempre", reconheceu.
O ator, agora com 60 anos, mantém-se ocupado, mas muitas das personagens, está estudado, não têm um final feliz, o que dificulta o regresso para as sequelas.
Um estudo de Kyle Hill, editor de ciência do nerdist.com, até demonstrou que o compatriota John Hurt, falecido em 2017, teve mais "azar" (43 desfechos tristes), mas o caso de Sean Bean teve mais mediatismo.
Em 2011, inspirou um popular vídeo "death reel" [montagem das mortes] que o mostra alvejado, afogado, enforcado, empalado, desmembrado, decapitado, a cair para um satélite ou a ser trespassado por flechas, e três anos mais tarde surgiu a campanha (entretanto desativada) significamente intitulada dontkillseanbean.com ("não matem o Sean Bean").
Sean Bean tem no currículo ainda a série «Sharpe» (1993-2008) e filmes como «Jogos Patrióticos» (1992), «Ronin» (1998), «O Tesouro» (2004), «North Country - Terra Fria», «Pânico a Bordo» (2005), «A Ilha» (2005), «Silent Hill» (2006), «Percy Jackson e os Ladrões do Olimpo» (2010), «Ascensão de Júpiter» (2015) e «Perdido em Marte» (2015).
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