Dezesseis atrizes francesas negras desfilaram esta quarta-feira (16) na passadeira vermelha de Cannes para denunciar o racismo e a falta de representação no cinema francês.
O ato, que coincide com a publicação de um livro coletivo na França "Noire n'est pas mon métier" ["Negro não é o meu trabalho", em tradução livre], aconteceu quatro dias depois do histórico protesto, no mesmo local, de 82 mulheres da indústria do cinema para exigir uma paridade real.
As atrizes Aïssa Maïga, Eye Haidara, Sonia Rolland e Firmine Richard estavam no grupo que, nesta quarta, ergueu o punho diante das câmaras.
Para esta simbólica subida da famosa escadaria de Cannes, todas elas usaram roupas Balmain, cujo diretor artístico, Olivier Rousteing, miscigenado, lhes deu todo o seu apoio.
"Infelizmente para mim, reconheci facilmente [no livro] os comentários desagradáveis, a ignorância e a discriminação que tive que enfrentar ao longo da minha carreira", declarou o designer em comunicado.
"Sorte sua que tem traços finos", "a sua pele não é suficientemente clara" e "você não é suficientemente africana", são algumas das frases citadas no livro.
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