A decisão de cancelar o filme "Batgirl" quando estava praticamente finalizado foi a correta, dizem os novos diretores executivos da DC Studios, responsáveis desde novembro do ano passado pela liderança do universo dos super-heróis.

Apesar de não estarem envolvidos no processo conduzido por David Zaslav, presidente e diretor executivo da Warner Bros. Discovery, que causou ondas de choque em Hollywood no início de agosto de 2022, o realizador James Gunn ("Guardiões da Galáxia" , "O Esquadrão Suicida") e o produtor Peter Safran garantem que foi correto não lançar o filme protagonizado por Leslie Grace, Michael Keaton e Brendan Fraser.

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"Acho que não foi uma decisão fácil, mas engavetar o projeto foi a decisão correta. A Batgirl é uma personagem que inevitavelmente acabará por ser incluída na nossa história", disse Safran durante a apresentação à imprensa nos EUA da "primeira parte" da nova visão "unificada" dos super-heróis do Universo DC (DCU, pela sigla original) no grande e pequeno ecrã para os próximos anos.

"No caso da 'Batgirl', não era uma questão sobre a fase tardia de ser cancelado. Vi o filme e há muita gente gente talentosa à frente e atrás das câmaras. Mas não tinha condições para ser lançado. É algo que às vezes acontece. Esse filme não tinha condições para ser lançado", esclareceu o executivo.

E foi ainda mais longe na defesa: "Na verdade acho que Zaslav e a equipa tomaram uma decisão muito ousada e corajosa ao cancelá-lo porque teria prejudicado a DC. Teria prejudicado as pessoas envolvidas [no filme]".

Ainda que o processo tenha corrido mal, este novo responsável da DC Studios disse que gostaria de trabalhar com os realizadores Adil El Arbi e Bilall Fallah, revelando que falou com eles na semana passada.

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Acrescentou que Christina Hodson, a argumentista de "Batgirl", já está integrada na equipa de James Gunn que vai definir as histórias da DCU desta fase conhecida por "Chapter 1: God and Monsters" [Capítulo Um: Deus e Monstros"].

Recorde-se que "Batgirl" era um filme destinado originalmente à plataforma HBO Max e terá custado cerca de 70 milhões de dólares.

Embora Safran não tenha sido específico sobre a falta de "condições", as suas declarações dão a entender que seria um lançamento que ficaria uns furos abaixo de outros filmes do género que costumam ter mais do dobro do orçamento: "Como disse, muitas pessoas talentosas estiveram envolvidas, mas o filme simplesmente não podia ser lançado. Não teria sido capaz de competir no mercado de cinema, foi construído para o pequeno ecrã".