Existe um mulher nos EUA chamada Barbara "Barbie" Oppenheimer que viu a sua vida tornar-se um meme.
A "culpa" é do fenómeno "Barbenheimer", que tomou conta dos cinemas por todo o mundo este verão, e tudo se explica porque, além do nome de batismo, esta professora reformada da Universidade de Boston de 68 anos é casada com um primo em terceiro grau de J. Robert Oppenheimer, o famoso físico que criou a bomba atómica retratado no filme de Christopher Nolan.
Foi a revista 'online' Slate que chegou primeiro à avó de cinco netos e ficou a saber como algumas coisas na sua vida se tornaram mais complicadas desde que "Barbie" e "Oppenheimer" chegaram ao mesmo tempo aos cinemas.
Além de ter recebido mensagens de amigos da faculdade à volta do mundo no fim de semana da estreia (22 de julho), sobressai um momento durante umas férias recentes: "Quando fiz o check-in no hotel, disse ‘Barbie Oppenheimer!’. O tipo respondeu: 'Está a gozar comigo?'".
"É muito engraçado. Foi uma ideia brilhante terem-nos lançado juntos. Realmente trouxe as pessoas de volta aos cinemas", disse sobre o fenómeno.
Ao The New York Post, acrescentou que a "loucura 'Barbenheimer' adicionou um pouco mais de diversão" a uma vida que já era boa, mas realmente está a acontecer algo peculiar quando se apresenta a estranhos: "A maioria das pessoas não acredita em mim quando digo o meu nome. Acham que estou a gozar".
Barbie Oppenheimer contou à Slate que foi ver o filme de Christopher Nolan com o marido no fim de semana da estreia porque queriam ver como a história era retratada e saíram da sala a gostar do resultado.
"Realmente aborda os dilemas morais que Oppenheimer enfrentou. Enfrentou-os de frente naquela época? Essa é uma boa pergunta. [...] Venho das áreas das ciências. Fui professora na área das ciências da saúde. E portanto, vê-lo lidar com essas questões e com a politização disso... achei que algumas das cenas mais interessantes eram sobre o patriotismo em Los Alamos, como a equipa se sentia naquela altura", explica.
A professora reformada nota ainda que o legado de Oppenheimer divide opiniões mesmo dentro da família do lado do marido: "Ele foi um herói para muitos, mas também foi alvo de muita raiva. Sempre ouvi na família do meu marido que reivindicar ou não ser parente dele dependia de como se sentia em relação às coisas".
O casal não fez uma sessão dupla "Barbenheimer" nesse fim de semana, mas viram duas semanas mais tarde o filme de Greta Gerwig com Margot Robbie e Ryan Gosling.
"Adorámos os dois de formas diferentes. Não tinha a certeza que o meu marido iria gostar do 'Barbie', mas fartou-se de rir o tempo todo", contou à Slate.
"Não posso escolher. Estou contente por ter visto os dois", respondeu quando foi desafiada a dizer qual era o filme preferido, notando que já tem uma t-shirt "Barbenheimer".
Apesar da experiência peculiar, Barbie Oppenheimer não tem ilusões quando o jornalista termina a conversa a dizer para aproveitar "o seu verão de fama".
"Vai ser rápido, tenho a certeza", respondeu.
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