O realizador de "Gremlins" não está entre os fãs da pequena e adorável criatura popularizada como Baby Yoda na internet.
A personagem começou por ser "The Child" e depois Grogu na série "The Mandalorian", mas ganhou o seu nome mais famoso por causa das parecenças com o adulto Yoda, que se estreou na saga "Star Wars" com o filme "O Império Contra-Ataca".
No entanto, para Joe Dante não é mais do que uma cópia descarada das célebres personagens que não podiam ser alimentadas depois da meia-noite popularizadas pelos seus filmes de culto de 1984 e 1990, principalmente do protagonista Gizmo.
O realizador explicou a duradoira popularidade do primeiro filme e aproveitou a deixa numa entrevista para falar da personagem que se estreou na série de 2019.
"Penso que a longevidade tem fundamentalmente a ver com esta personagem específica (Gizmo), que é essencialmente como um bebé. "O que me leva, claro, ao tema do Baby Yoda, que é completamente roubado e simplesmente copiado. Descaradamente, pensaria”, disse ao jornal San Francisco Chronicle (acesso bloqueado na Europa, via Entertainment Tonight Canada).
Apesar do seu descontentamento com o que entende ser um plágio, o realizador não está interessado em processar o estúdio LucasFilm, propriedade da Disney.
O tema surgiu porque a própria saga "Gremlins" regressa no outono com a série de animação "Gremlins: Secrets of the Mogwai" na HBO Max, que se passa na década de 1920 na China e onde Dante foi consultor criativo.
Apesar da nova vida ser no pequeno ecrã, Dante acredita que a popularidade continua a dever-se à experiência em sala que conquista novos públicos.
"Sempre que sou o anfitrião de um visionamento de qualquer um destes filmes, pergunto sempre que apresento 'Levantem a vossa mão – quantas pessoas não viram estes filmes?' Há sempre cerca de um terço do público, normalmente jovem, que não viu os filmes. São um pouco diferentes do filme habitual. São excêntricos de uma maneira que penso que é uma das razões para ainda serem populares", explicou.
“As pessoas da minha geração que adoravam filmes, adoram-nos porque os viram com um público. Vi estes filmes muitas vezes ao longo dos anos em todo o mundo e funcionam sempre bem numa sala esgotada", acrescentou.
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