Como recordou numa entrevista recente, em que disse que fez quatro filmes no espaço de tempo em que Martin Scorsese, cinco anos mais novo, preparou o recente "Assassinos da Lua das Flores", Ridley Scott não dá sinais de abrandar o ritmo.
Por isso, não surpreende que o realizador tenha confirmado que, apesar da idade (a festejar 86 anos a 30 de novembro), recusou propostas para fazer filmes de super-heróis numa entrevista recente na contagem decrescente para a estreia esta semana do seu novo filme "Napoleão".
Responsável por títulos emblemáticos como "Alien, o Oitavo Passageiro", "Blade Runner", "Thelma & Louise", "Gladiador" e "Perdido em Marte", Scott diz que se trata de género que não lhe interessa (e Scott passou por praticamente todos).
"Existe esta idealização dos super-heróis, que na verdade é apenas uma extensão da banda desenhada. E a partir disso fica muito difícil escrever uma história em BD e tranasportar isso com sucesso para o cinema", explicou ao Deadline.
Assumindo que não é um fã de super-heróis, mas que costumava adora a banda desenhada, o realizador diz que gostou de alguns filmes "Batman" e ainda do primeiro "Super-Homem" (1978), de Richard Donner e com Christopher Reeve, que diz ter captado a tradição das histórias em BD, mas "à medida que ampliamos visualmente as nossas capacidades, penso que, curiosamente, fica tudo cada vez menos real. E agora parece que se tornou uma desculpa para os atores ganharem muito dinheiro a interpretar super-heróis".
Mas as propostas dos estúdios chegaram e Scott diz que nunca se sentiu tentado: "Apenas disse, 'não, obrigado'. Para mim, não. Fiz dois ou três filmes de super-heróis. Acho que a Sigourney Weaver é uma super-heroína em 'Alien'. Acho que o Russell Crowe é um super-herói em 'Gladiador'. E Harrison Ford é o super anti-herói em 'Blade Runner'".
"A diferença é que a po*** das histórias são melhores", concluiu.
"Napoleão" chega esta quinta-feira aos cinemas portugueses.
TRAILER LEGENDADO.
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