Amanda Seyfried revelou a experiência "incrível" e "enfurecedora" que foi trabalhar no épico musical "Os Miseráveis" (2012) ao lado de Hugh Jackman, Eddie Redmayne, Anne Hathaway e Russell Crowe.

Conhecida até essa altura principalmente por "Giras e Terríveis" (2003), "Mamma Mia" (2008) e "Juntos ao Luar" (2010), a atriz acha que o papel de Cosette, a filha ilegítima de Fantine (Hathaway) e cujo pai adotivo era Jean Valjean (Jackman), surgiu numa altura em que não estava preparada para a exigência de cantar ao vivo durante a rodagem.

"'Les Mis' foi um filme incrível. Adorei. Os figurinos, as pessoas... estávamos realmente muito felizes por estar lá, mas eu, infelizmente, não estava tecnicamente pronta ou capaz de cantar ao vivo da forma que gostaria", refletiu durante uma retrospetiva sobre os trabalhos mais marcantes para a revista GQ.

E esclareceu: "O processo foi enfurecedor. Sabia o que tinha que cantar, mas eram músicas difíceis. E a parte da representação surgiu naturalmente e adorei".

O sotaque, acrescentou, foi outra situação, mas "essa era a menor das minhas preocupações".

A atriz explicou que a sua representação também tinha de ser "muito musical" e "não atingiu a marca como estava a acontecer com o Eddie Redmayne e a Samantha Barks", que interpretavam respetivamente o seu apaixonado Marius e Éponine, a filha das personagens de Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen.

Sobre Samantha Barks, com experiência do West End britânico, reforçou: "Tecnicamente, está quilómetros à frente de todos nós".

De Anne Hathaway, que ganhou o Óscar, disse: "Mesmo quando está a chorar e a levá-lo no fim [Jean Valjean], foi perfeita. Perfeita. Foi o que fez aquele filme voar."

"E eu estava com uma deficiência que realmente gostaria de não ter tido e esse é um arrependimento que tenho", concluiu.

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