Al Pacino pensa que Timothée Chalamet seria uma grande escolha para o substituir como o polícia de Los Angeles Vincent Hanna num eventual filme "Heat 2".
Durante a sessão da versão restaurada de "Heat - Cidade sob Pressão" no Festival de Tribeca que o juntou com Robert De Niro, eles tiveram acesso ao livro ainda inédito escrito pelo realizador Michael Mann com Meg Gardiner que funciona como a sequela e prequela do clássico de 1995.
À inevitável pergunta sobre quem viam a suceder-lhes nas personagens, Al Pacino indicou logo o ator de 26 anos, enquanto De Niro não se manifestou sobre o seu "casting" de sonho para o papel do criminoso veterano Neil McCauley, que se envolvia num jogo de gato e rato com Hanna.
"Timothée Chalamet. É um ator maravilhoso. Ótimo aspeto", respondeu a lenda de 82 anos, perante o aplauso do público.
Ao contrário do que estava previsto, Michael Mann, infetado com COVID-19, não esteve presente, enviando uma mensagem de vídeo, o que não permitiu uma conversa sobre o seu livro, que será lançado a 8 de agosto nos EUA.
A nova história envolve dois períodos temporais diferentes, 1989 e 2002, mas começa um dia a seguir ao fim do filme em 1995, com a tentativa de Chris Shiherlis (personagem de Val Kilmer), sobrevivente um grupo de criminosos liderados por McCauley, de sair de Los Angeles, "seguindo para os santuários secretos de sindicatos do crime rivais de Taiwan nas zonas de comércio livre na América do Sul, para uma operação gigantesca de lavagem de dinheiro de um cartel de drogas no México e, eventualmente, para o Sudoeste Asiático".
Já a parte de 1989 decorre em Chicago e acompanha o passado das outras personagens: McCauley, um criminoso em ascensão a combater o stress pós-traumático após regressar da Guerra do Vietname, os cúmplices Charlene (Ashley Judd), Nate (Jon Voight), Tejo (Danny Trejo) e Kelso (Tom Noonan), além do teimoso polícia Vincent Hanna.
Há seis anos, questionado sobre se pensava adaptar a seguir o livro para o cinema, Mann respondia que sim, mas que também poderia transformar a história numa série de televisão, numa declaração que pode vir a ser profética: "Prefiro um filme, mas tudo muda tanto e tão rapidamente que nunca se sabe".
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