A caminho dos
Óscares 2017
"A distribuição dos Trumps. Agora basta ser-se preto ou gay para ganhar um Óscar", escreveu João Braga na sua página de Facebook. O post rapidamente se tornou viral, somando em poucas horas centenas de comentários.
Depois das críticas, o fadista fez um novo comentário na rede social, frisando que há falta de liberdade de expressão. "Chiça, que os herdeiros de Estaline são mesmo avessos à liberdade de expressão", escreveu João Braga no seu perfil público.
Mais tarde, em resposta, João Braga tentou explicar o seu ponto de vista: "Mas agora chamar gay a um gay passou a ser ofensivo? E preto a um preto também? Por mim, se alguém me chama 'branco' é para o lado que eu durmo melhor. Agora, transformar uma cerimónia de ouvir aos que vivem na e da 7ª Arte num comício político de nível abaixo de cão é que eu considero insultuoso e desrespeitoso para o telespectador. Daí o título que escolhi. Curiosamente, no ano passado, quando Spike Lee desenvolveu uma campanha por causa da ausência de pretos nas listas dos nomeados não me lembro de ter lido no Facebook crítica alguma. Talvez por se achar que basta ser-se preto para ganhar a estatueta, o talento fica à porta", acrescentou.
Em comunicado, a associação SOS Racismo anunciou que vai apresentar uma queixa à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial contra o fadista português, "exigindo bom senso e sentido de responsabilidade dos diferentes actores sociais".
"No atual contexto político global e com o crescimento de movimentos e discursos racistas, as declarações racista e homofóbicas de João Braga devem ser denunciadas e veementemente repudiadas", frisa a associação, acrescentando que o fadista usou "as redes sociais para proferir declarações racistas e homofóbicas".
À revista Flash, João Braga admitiu ter ficado surpreendido com as críticas. "Pus aquilo em tom irónico, sem ofender ninguém". O fadista frisou ainda que as reações são desproporcionadas: "Ou saltam do armário ou saltam da cubata", acrescentou.
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