Competindo com uma obra de poemas, Corsaletti imaginou-se na pele de Bob Dylan e narrou uma temporada de exílio voluntário que o cantor e compositor norte-americano teria ficcionalmente vivido na cidade argentina de Buenos Aires.
O anúncio dos premiados com o Jabuti, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), ocorreu na terça-feira, 5 de dezembro, no Theatro Municipal de São Paulo, cerimónia que teve como personalidade literária o autor infantojuvenil Pedro Bandeira.
Reconhecido como um dos mais influentes autores da literatura infantojuvenil brasileira, Pedro Bandeira recebeu homenagem por sua contribuição para o mundo literário e seu compromisso em enriquecer a imaginação de leitores de todas as idades.
Os prémios, divididos nos eixos temáticos de literatura, não-ficção, produção editorial e inovação, têm 21 subcategorias. Em 2023, o Jabuti registou 4.245 títulos inscritos.
A categoria Romance Literário foi vencida pela obra “Os perigos do imperador: um romance do Segundo Reinado”, de Ruy Castro, que narra um plano fictício para assassinar Pedro II, segundo e último imperador do Brasil.
Entre as obras vencedoras também está “Por quem as panelas batem”, do jornalista e autor Antônio Prata, que venceu na categoria crónica. A obra retrata o caos político no Brasil em crónicas políticas publicadas por Prata no jornal Folha de S.Paulo entre junho de 2013 ao final de 2021.
O Jabuti também distinguiu o melhor livro de autor estreante, reconhecimento que foi concedido a obra “Extremo Oeste”, de Paulo Fehlauer, que retrata a história de um amigo que desaparece e leva o narrador deste romance a mergulhar profundamente nos rastos dessa amizade forjada desde a infância.
No eixo ficção, as outras obras vencedoras foram: “Educação Natural: Textos Póstumos e Inéditos”, de João Gilberto Noll (conto), “Dentro do Nosso Silêncio”, de Karine Asth (romance de entretenimento), “Óculos de Cor: Ver e Não Enxergar”, de Lilia Moritz Schwarcz e Suzane Lopes (juvenil), “Doçura”, de Emilia Nuñez e Anna Cunha (infantil), e “Mukanda Tiodora”, de Marcelo D’Salete (HQ, Histórias em Quadrinhos/Banda Desenhada).
No eixo de não-ficção venceu “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito”, de Sérgio Burgi (Artes), “Título: Poder camuflado: os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro” (Biografia e Reportagem), “ Emergência climática: o aquecimento global, o ativismo jovem e a luta por um mundo melhor”, de Matthew Shirts (Ciências), “Humanamente Digital: inteligência artificial centrada no humano”, de Cassio Pantaleoni (Ciências Humanas), “Limites da democracia: de junho de 2013 ao governo Bolsonaro”, de Marcos Nobre (Ciências Sociais), e “Receitas do Favela Orgânica”, de Regina Tchelly (Economia Criativa).
No eixo Produção Editorial os contemplados foram “Mensagem”, que teve a capa criada por Flávia Castanheira, “A notável história do homem-listrado”, ilustrado por Fayga Ostrower (ilustração), “Expresso 2222”, cujo responsáveis foram Paulo Chagas, Ana Oliveira (projeto gráfico), “Finnegans Rivolta”, do Coletivo Finnegans, Dirce Waltrick do Amarante (tradução).
Por fim, o eixo inovação contemplou “Álbum Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas” (fomento à leitura) e “Marrom e amarelo” que venceu a categoria de livro brasileiro publicado no exterior.
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