Escolhidas a partir de uma lista de 16 nomeadas ao prémio, as autoras que figuram na 'shortlist', hoje divulgada pela organização, são maioritariamente britânicas.

As restantes finalistas são uma médica de cuidados paliativos do Serviço Nacional de Saúde, Rachel Clarke, uma conselheira política e especialista em política externa, Chloe Dalton, uma bióloga marinha, Helen Scales, e a historiadora e biógrafa Clare Mulley.

A cantora e compositora Neneh Cherry concorre com “A Thousand Threads”, um livro de memórias que partilha uma visão interna da sua carreira e das suas viagens pelo mundo numa vida de amor e música.

Yuan Yang foi selecionada pelo seu livro sobre o amadurecimento de quatro mulheres nascidas na China nas décadas de 1980 e 1990, numa sociedade prestes a mudar de forma irreconhecível, com o título “Private Revolutions: Coming of Age in a New China”.

O livro de Rachel Clarke, "The Story of a Heart", confronta a história de duas crianças ligadas por um transplante de coração com a História da cirurgia cardíaca, numa obra que alia os detalhes de procedimentos médicos ao impacto humano.

Chloe Dalton concorre com um livro de estreia, "Raising Hare", sobre o salvamento de uma cria de lebre durante a pandemia, uma história verídica vivida pela autora.

A lista de finalistas é completada por "What the Wild Sea Can Be", de Helen Scales, sobre o futuro do oceano, e "Agent Zo: The Untold Story of Fearless WW2 Resistance Fighter Elżbieta Zawacka”, de Clare Mulley, sobre a resistente polaca da Segunda Guerra Mundial Elżbieta Zawacka, conhecida como Zo, a única mulher das forças especiais de elite polacas.

Nas palavras da presidente do júri, Kavita Puri, estes seis livros "de todos os géneros" estão unidos "por uma voz inesquecível, rigor e uma visão única", incluindo "narrativas que honram o mundo natural e a sua ligação com a humanidade, histórias meticulosamente investigadas de mulheres que desafiam o poder e livros que iluminam temas complexos com autoridade, nuance e originalidade".

"Estes livros permanecerão na nossa memória muito tempo depois de terem sido lidos, pela sua prosa extraordinária, pelo seu trabalho artesanal e pelo que revelam sobre a condição humana e o nosso mundo”, acrescentou.

O vencedor será revelado no dia 2 de junho, juntamente com a obra ganhadora do Women’s Prize for Fiction.

O prémio literário Women's Prize for Non-Fiction é um prémio para obras de não-ficção escritas por mulheres, um “prémio irmão” do Women's Prize for Fiction, que foi anunciado em fevereiro de 2023 e atribuído pela primeira vez no ano passado.

O prémio principal tem o valor de 30.000 libras (cerca de 35 mil euros) e será financiado pelo Charlotte Aitken Trust, um fundo criado pelo agente literário Gillon Aitken (1938-2016) em nome da sua única filha, Charlotte, que morreu em 2011, com 27 anos.

No ano passado, a vencedora do Women's Prize for Non-Fiction foi a ensaísta e ativista canadiana Naomi Klein, com “Doppelganger: A Trip into the Mirror World”.