“O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez-me chegar uma carta em que me diz que, se não houver um acontecimento internacional extraordinário, que terá todo o gosto de presidir à cerimónia de inauguração deste museu”, anunciou o presidente da Câmara de Carregal do Sal, Paulo Catalino Ferraz.
O presidente da Câmara de Carregal do Sal, no distrito de Viseu, confirmou também que a inauguração acontecerá a 19 de julho, dia do aniversário do nascimento de Aristides de Sousa Mendes (1885).
“Tivemos uma tarefa muito difícil, que era conseguir finalizar as obras físicas e o lado museológico a tempo de abrir para o aniversário. Mas conseguimos e já temos a confirmação e a garantia de que vai ser mesmo a 19 de julho”, afirmou.
Paulo Catalino Ferraz assumiu que será um “dia muito importante” para o concelho e que espera contar, igualmente, “com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e outras entidades nacionais e de outros países, onde esteve o cônsul”.
“Também os jardins, que contávamos abrir mais tarde, serão inaugurados nesse dia e vamos conseguir inaugurar os dois espaços no mesmo dia e isso deixa-nos muito felizes e é uma justa homenagem a Aristides de Sousa Mendes”, realçou o autarca.
O dia 19 será ainda marcado pela atuação da Orquestra Clássica do Centro, nos jardins da Casa do Passal, que “contará também com a presença de muitas vozes como solistas e, algumas, de projeção nacional”.
Na véspera, dia 18 de julho, na receção à família de Aristides de Sousa Mendes e aos descendentes dos refugiados, a Contracanto apresentará o musical que fez em homenagem ao diplomata, “Aristides”.
O presidente disse que a partir do dia 20 o museu estará aberto ao público e, “está já a ser trabalhado com os agrupamentos das escolas a visita dos alunos ao museu para conhecerem e aprenderem com o exemplo” do cônsul natural de Cabanas de Viriato, em Carregal do Sal.
“A ideia é trabalhar esta iniciativa com todos os agrupamentos do país e também com escolas das cidades por onde passou o nosso cônsul, nomeadamente as europeias, como de França e do Luxemburgo, tendo em conta que é muito mais difícil conseguir isso com cidades do Brasil ou do Canadá”, acrescentou.
O museu, que terá uma exposição permanente e duas salas para exposições temporárias, ira acolher “uma ou duas vezes por ano mostras de museus das cidades por onde passou Aristides [de Sousa Mendes], assim como ligadas à temática do holocausto”.
Sobre a direção do novo museu, Paulo Catalino Ferraz não quis revelar, “uma vez que a pessoa ainda tem ligações profissionais a outra instituição, mas é alguém com muito boa reputação na área da museologia”.
A inauguração coincide com as festas do concelho, que, este ano, regressam “ao modelo antigo de nove dias”, ou seja, entre 14 e 22 de julho.
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