Michael Moore acredita que Donald Trump voltará a ganhar as eleições presidenciais norte-americanas em 2020.
Foi com o site Fast Company que partilhou a previsão sobre a reeleição, mas com uma subtil observação: "Eu devia dizer renomeação, porque teremos ainda mais pessoas que votarão contra ele em 2020. Mas tal como está, ele vai ter aqueles estados eleitorais".
O polémico realizador de documentários como "Bowling for Columbine", "Fahrenheit 9/11" e "E Agora Invadimos o Quê?" está a referir-se ao facto de Hillary Clinton ter ganho a eleição popular por quase três milhões de votos, mas acabou por perder no Colégio Eleitoral por causa dos 77 mil que não conseguiu nos estados do Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.
Michael Moore foi uma das poucas personalidades, principalmente na esquerda americana, a prever a eleição de Trump em 2016.
"Acho que eles [a campanha de Trump] estão a planear focar-se no Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. É assim que ele pode ganhar a eleição. Se ele conseguir esse tipo de estados do Midwest, então ele pode ganhar", afirmou em maio numa entrevista ao Business Insider.
Em novembro foi precisamente isso que aconteceu nas eleições.
O realizador está a preparar um documentário sobre Trump intitulado "Fahrenheit 11/9", o dia do anúncio dos resultados das últimas eleições presidenciais e uma referência a um de seus filmes, "Fahrenheit 9/11".
Moore acredita que é possível evitar a repetição da história, mas será preciso mais trabalho: unir as pessoas à volta do candidato mais viável, reconquistar alguns dos oito milhões de votantes em Barack Obama que se viraram para Trump e principalmente encorajar a votação dos mais jovens.
"Criámos uma geração de jovens que não odeiam pessoas por causa da raça ou não odeiam alguém porque está apaixonado por uma pessoa do mesmo sexo", explicou.
As alterações demográficas nos EUA também são uma fonte de consolação para Michael Moore.
"Quase 70% do país ou são mulheres, pessoas de cor ou jovens adultos entre os 18 e 35, ou uma combinação dos três. O homem branco zangado está a morrer e os censos já disseram que, por volta de 2050, as pessoas brancas serão a minoria, e não estou triste ao afirmar que mal posso esperar para esse dia chegar. Espero viver o suficiente para ver isso porque será um país melhor", concluiu.
A acontecer, Moore estará a festejar... 96 anos.
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