"Além da narrativa, assente numa investigação e na busca de uma custódia roubada pelas tropas napoleónicas há mais de 200 anos, quis com esta obra interagir com os leitores”, disse hoje à agência Lusa o autor de “O Caso da Custódia Roubada”, residente na Lousã.
Trata-se de “uma ficção que parte de um facto verídico”, acrescentou, para ressalvar que “nunca foi recuperada” aquela peça da liturgia cristã, onde os sacerdotes guardam habitualmente a hóstia exposta à adoração dos fiéis.
Com esta BD, “quis permitir aos leitores irem além da história desenhada”, declarou Carlos Sêco, indicando que, “na maior parte das páginas, existe um 'QR code' que complementa a prancha com uma informação”.
“Pode ser um vídeo sobre os soldados franceses que, finda a guerra, ficaram em Portugal e constituíram família, ou curiosidades sobre as automotoras que circulavam na Linha da Lousã [de 1906 a 2009]”, explicou.
Na sua opinião, admitiu com algum bom humor, “não seria descabido os franceses devolverem tudo o que roubaram aquando da Guerra Peninsular”, incluindo durante o saque à Igreja da Lousã.
Filho de antigos emigrantes, Carlos Sêco nasceu em França, há 53 anos, trabalha atualmente numa escola de Miranda do Corvo e define-se como “professor do 1.º ciclo a tempo inteiro e cartunista nas horas vagas”.
“Divertida, pedagógica e interativa”, a BD tem como protagonista ‘Jonas, o Reguila’, um rapaz “com gosto pela investigação”, e vai ser lançada no sábado, às 15h00, na Quinta do Areal, concelho da Lousã.
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