O certame, que decorre entre 5 e 8 de outubro, em diferentes espaços desta cidade do litoral norte, tem o foco principal na edição independente de livros, divulgando o trabalho de autores, essencialmente nacionais, nas diversas áreas da literatura.
“O festival surge como necessidade de dar espaço a uma edição que muitas vezes não encontrámos nas grandes livrarias, mas que considerámos ter um papel fundamental. Queremos um evento onde possamos aproximar o público destas edições independentes, mas também aproximar os autores”, explicou João Pedro Azul, responsável pelo aMOSTr.
A iniciativa, promovida pela Associação Cultural Cabe Cave, em parceria com a Câmara de Vila do Conde, e o apoio da Junta de Freguesia local, foi hoje apresentada e contempla, ainda, no vasto programa, momentos de música, cinema e arte, mas também eventos para a comunidade escolar local.
“O trabalho com as escolas e com os mais novos parece-nos fundamental. Se é difícil mudar hábitos [de leitura] nos mais velhos, talvez haja uma esperança com os mais novos. Temos de plantar essas sementes da importância do livro, da palavra e da literatura, na construção da nossa personalidade”, disse João Pedro Azul.
O responsável explicou que o aMOSTr pretende evitar formalidades e “trazer eventos em forma de festa”, considerando que foi reunido um lote de convidados “com a sensibilidade de falar para o leitor comum”.
Além do lançamento de livros, nomeadamente da coleção elemeNtário, a programa contempla a exibição de documentários, concertos, com particular destaque para a atuação de noiserv com participação de Pedro Lamares, conversas e exposições.
Destaque, também, para a celebração dos dez anos de existência da revista Flanzine, que vai merecer uma exposição retrospetiva da última década, acompanhada pela leitura de textos e poesias.
No Teatro Municipal de Vila de Conde, que será o local central da atividade, haverá, ainda, nos quatro dias do evento, uma feira do livro e do disco.
A Câmara vila-condense, que desde o ano passado surge como parceiro principal do certame, reforçou a sua ligação ao aMOSTr, contribuindo para uma programação mais alargada.
“É um enorme gosto receber em Vila do Conde, um conjunto de atividades em torno das edições independentes. Não há local mais pertinente para receber este evento, dado que o concelho tem uma relação profícua com a literatura e escrita. A Câmara continuará comprometida com este projeto”, garantiu Paulo Vasques, vereador com o pelouro da Cultura da autarquia vila-condense.
Comentários