"Tudo o que vê aqui estava no sótão da nossa casa na Suíça. A minha mãe não era colecionadora, mas guardava certas peças por razões sentimentais, porque isso trazia memórias", declarou à AFP Luca Dotti, um dos dois filhos da atriz que morreu de cancro em 1993 aos 63 anos de idade.
Um total de 500 lotes pertencentes à atriz britânica nascida na Bélgica de um pai britânico banqueiro e uma mãe membro da aristocracia holandesa serão leiloados em 27 de setembro.
Entre as peças, a mala com a qual desembarcou em Londres em 1948 para tentar a sua sorte como atriz, bem como vários argumentos originais com as suas anotações, incluindo o mítico "Boneca de Luxo" (1961) e "Charada" (1963).
Mas é sobretudo o guarda-roupa da atriz, celebrada pela sua elegância, que está no cerne da venda: vestidos pretos, bailarinas multicoloridas, cachecóis e óculos.
Entre as principais peças da coleção está o vestido em cetim azul assinado por Hubert de Givenchy, de quem ela se tornou musa, ou as peças de Valentino, tão pequenas que poucas mulheres poderiam vesti-las, de acordo com o filho mais velho da atriz, Sean Hepburn Ferrer.
Igualmente à venda está o trench coat bege Burberry usado em "Boneca de Luxo".
A venda também contará com peças particularmente íntimas, como o quadro "My garden flowers", que a atriz pintou enquanto estava grávida do seu segundo filho, Luca Dotti, ou ainda a sua pequena câmara pessoal com a qual gostava de filmar os amigos.
Mas Sean Hepburn Ferrer e Luca Dotti preferiram guardar algumas fotos, especialmente de sua mãe quando criança, ou os prémios que recebeu, incluindo a estatueta do Óscar de 1954 por seu papel em "Férias em Roma".
"Gosto particularmente do início da sua carreira. A sua vida antes de se tornar Audrey Hepburn", afirma Luca Dotti.
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