Camané, distinguido com os prémios Amália Melhor Intérprete 2005 e Prémio Europa - David Mourão-Ferreira 2010, atua com o seu trio habitual de cordas, composto por José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença, na viola, e Paulo Paz, no contrabaixo.

Mário Laginha, com quem Camané partilhou os palcos nos últimos dois anos, e com quem gravou o álbum "Aqui está-se Sossegado" (2019), é um dos convidados do concerto, assim como o saxofonista Ricardo Toscano.

Camané, 53 anos, começou a cantar ainda menino, tendo vencido a Grande Noite do Fado de Lisboa, aos 13 anos, na categoria de Juniores. Iniciou então um circuito de atuações, principalmente em casas de fado.

Aos 18 anos, a convite do fadista Carlos Zel (1950-2002), atuou na RTP e fez parte do elenco da casa de fados Senhor Vinho, em Lisboa, da fadista Maria da Fé e do poeta José Luís Gordo.

Em 1995, publicou o álbum "Uma Noite de Fados", que marcou o início de uma parceria com José Mário Branco que perdurou até à morte do músico e compositor, em novembro do ano passado.

"Camané Canta Marceneiro" (2017) valeu-lhe o Prémio Manuel Simões/2018 para Melhor Álbum, um disco em que recria temas de Marceneiro como "Cabaret" (Henrique Rêgo/A. Marceneiro) e "Mocita dos Caracóis" (Linhares Barbosa/A. Marceneiro), entre outros.

"Aqui está-se Sossegado", o seu mais recente trabalho, é o 14.º da sua carreira, entre álbuns de estúdio e gravados ao vivo.

Este álbum tem 11 temas do repertório fadista, como "Com que voz" (Luís de Camões/Alain Oulman) e "Abandono" (David Mourão-Ferreira/A. Oulman) do repertório de Amália, e "Não venhas tarde" (João Nobre/Aníbal Nazaré), do de Carlos Ramos.

O álbum conta também com temas criados por Camané, designadamente "Guerra das Rosas" (Manuela de Freitas/José Mário Branco), "Ela tinha uma Amiga", também da 'dupla' Freitas/Branco, e "Quadras", de Fernando Pessoa, no Fado Alfacinha, de Jaime Santos.

Deste trabalho constam ainda cinco temas inéditos, fruto da cumplicidade de anos do fadista com Mário Laginha.

Entre os inéditos estão "Rua das Sardinheiras", de Maria do Rosário Pedreira, poetisa habitual no seu repertório, com música de Mário Laginha, e "Se Amanhã Fosse Domingo", de João Monge e Laginha, que também assina a composição "Rua da Fé".

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