Pouco depois de a cantora Carolina Deslandes abandonar o Palco Mundo, o principal e maior da ‘cidade do rock’, instalada este ano pela primeira vez no Parque Tejo, os ecrãs dos vários palcos acenderam-se para a transmissão do jogo que opôs Portugal à Turquia, em Dortmund, na Alemanha.
Entre o público, muitos envergavam t-shirts da seleção, deste e de outros anos, usavam cachecóis ou exibiam bandeiras.
A seleção portuguesa venceu o jogo por 3-0, com dois dos golos marcados logo na primeira parte, mas ao intervalo havia adeptos cautelosos na ‘cidade do rock’.
“Não quero agoirar, por isso não vou dizer nada, porque quando cheguei aqui disse que íamos perder. A seleção é sofrer até ao fim, mas em princípio...”, disse Ainoa, quando questionada pela Lusa, ao intervalo, se o jogo já estaria ganho.
Também José se mostrou cauteloso: “vamos esperar pela segunda parte. Já temos dois golos, mas vamos esperar pela segunda parte. Tudo indica que sim, mas vamos ver”.
Por outro lado, Rui acreditava que o jogo estava feito ao intervalo. “Mais um, dois, 4-0 era bom”, disse.
A 45 minutos do fim, os adeptos ouvidos pela Lusa esperavam que Cristiano Ronaldo fizesse o gosto ao dedo na segunda parte, mas tal acabou por não acontecer.
Ainoa acreditava que o avançado iria “marcar mais um pelo menos”, e que “se calhar João Palhinha também”. Rui apostava nos mesmos jogadores para marcarem na segunda parte.
José disse mesmo que “toda a gente” esperava que Cristiano Ronaldo marcasse mais um, e “possivelmente Bruno Fernandes”, algo que acabou mesmo por acontecer.
No final do jogo, outros adeptos ouvidos pela Lusa mostraram-se bastante satisfeitos com a exibição da equipa.
Para Pedro a partida foi “uma agradável surpresa”, visto que esperava “um jogo mais difícil”. “Portugal mostrou uma equipa muito competente, conseguiu resolver o jogo e tornar o jogo fácil”, considerou.
O filho de Pedro, Bruno, achou que neste jogo “o plano do [selecionador nacional] Roberto Martinez foi mais cumprido”.
Para os jovens adeptos, e amigos, Joaquim, Khalil, Sebastião e Tomás “Portugal jogou bem”.
“Apesar de [Cristiano] Ronaldo não ter marcado nenhum golo conseguimos estar bem organizados”, disse Joaquim, com Khalil a defender que Roberto Martinez “conseguiu finalmente acertar no 11” que colocou em campo.
Para Tomás, este “grande jogo” de Portugal “deve-se à mudança da tática” em relação ao jogo anterior, na terça-feira com a República Checa, em que a seleção nacional venceu por 2-1.
Com a passagem garantida aos oitavos de final, embora ainda com uma partida por jogar, há quem já acredite que a seleção portuguesa pode repetir o feito de 2016, em França.
Pedro acredita que agora a seleção irá “até onde calhar”. “Vamos ver quem nos vai cair e depois é jogo a jogo, mata mata até ao fim, vamos esperar que na final”, disse.
Tal como pai, Bruno lembra que chegar à final “depende de muita coisa”, não só da seleção nacional, mas acredita que “se o plano for bem feito e os jogadores quiserem não é impossível”.
“Já vimos em 2016 que não foi impossível e volta a não ser”, referiu.
Joaquim tem mais fé, para este jovem adepto a seleção portuguesa “pode ser campeã de certeza absoluta”, porque há equipa para isso. Khalil também. “Vamos ser campeões”, vaticinou.
Sebastião acredita que “se Portugal quiser pode ser campeão”. Também Tomás tem fé que a seleção portuguesa irá vencer o Euro 2024 até porque é a melhor que já viu jogar.
Quando o jogo terminou, a música voltou a ouvir-se na ‘cidade do rock’, com Ivete Sangalo no Palco Mundo e Inês Monstro no Digital Stage.
Hoje, ainda passam pelos vários palcos do Rock in Rio Lisboa artistas e bandas como Ornatos Violeta, que vão celebrar 25 anos do álbum “O monstro precisa de amigos, num espetáculo especial com convidados, Jonas Brothers, Macklemore e James.
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