A 47.ª produção da companhia com sede no Fundão, no distrito de Castelo Branco, em cena até ao dia 15, pretende abordar o equilíbrio entre tecnologia e privacidade.
“É um espetáculo que procura refletir, a partir da matriz da obra de Orwell, sobre o equilíbrio precário entre o progresso tecnológico e a preservação da nossa autonomia e privacidade”, disse, à agência Lusa, Alexandre Barata, diretor de produção.
Segundo Alexandre Barata, a narrativa desenvolve-se “entre polos de resistência e submissão” e questiona quem são os cidadãos “nesta arquitetura de vigilância e controlo”.
O também diretor da ESTE destacou “a velocidade com que a tecnologia se tem enraizado no nosso corpo e na nossa mente, a gradual amputação da liberdade em prol da segurança, o crescimento exponencial da inteligência artificial e a forma como nos desumanizamos mutuamente” como o mote para a peça.
Alexandre Barata sublinhou ainda a oportunidade de recorrer ao universo distópico de Orwell para a companhia continuar “a redescobrir a sua metodologia, colocando-a em debate com recursos que ainda não tinham sido explorados, neste caso o ‘videomapping’, perspetivando-o como um catalisador estético e técnico”.
O espetáculo “2+2=5”, encenado por José Carretas, tem apresentações de quinta-feira a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 17h00.
Entre 10 e 13 de outubro estão previstos espetáculos para as escolas dos 2.º e 3.º ciclos do concelho do Fundão, mediante marcação.
A mais recente criação da companhia é protagonizada por Joana Poejo, Pedro da Silva e Samuel Querido.
O espetáculo está indicado para maiores de 12 anos.
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