"Esta é uma ação sindical. Condenamos as violações dos direitos humanos por parte do Estado de Israel. Além disso, o Estado de Israel está a destruir a liberdade de imprensa. É por isso que interrompemos a imagem por um momento", lia-se na mensagem projetada na tela sobre um fundo preto.
O texto estava acompanhado de 'slogans' reivindicativos #CeaseFireNow (Cessar fogo agora) e #StopGenocideNow (Parar o genocídio agora).
Trata-se da mesma mensagem que projetaram na semifinal de quinta-feira, durante os minutos que duraram a atuação de Israel, no certame deste ano que decorre em Malmö (Suécia), pela cantora Eden Golan com a canção "Hurricaine".
Esta decisão soma-se aos protestos propalestinianos que decorreram hoje em Malmö contra a participação de Israel na Eurovisão, e às vaias que ocorreram, embora também misturadas com aplausos, durante a atuação da cantora hebraica durante o concurso.
A 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção está a ficar marcada pelo conflito israelo-palestiniano, que dura há décadas, mas intensificou-se após um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel, em 07 de outubro, que causou quase 1.200 mortos, com o país liderado por Benjamin Netanyahu a responder com uma ofensiva que provocou mais de 34 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo balanços das duas partes.
Desde que se soube que Israel iria participar no concurso, representado por Eden Golan, vários apelos foram feitos por representantes políticos e artistas europeus à EBU para que a participação do país no concurso fosse vetada.
Israel, que é um dos 25 países que está a disputar hoje a final da Eurovisão, foi o primeiro país não europeu a poder participar no concurso de música, em 1973, e ganhou quatro vezes, incluindo com a cantora transgénero Dana International, em 1998.
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