Na apresentação da programação do primeiro quadrimestre de 2024, hoje no gnration (espaço também gerido pelo Theatro Circo), o diretor artístico, Luís Fernandes, salientou aos jornalistas a articulação que se pretende que exista entre os dois espaços, com vocações distintas, mas um pensamento partilhado.
“O facto de termos duas estruturas a programar com equipas profissionais e com ângulos diferentes para assuntos que podem ser similares acarretam e implicam uma riqueza muito grande para esta região e para esta cidade e queremos aproveitar esse potencial”, disse Luís Fernandes.
Para 2024, o Theatro Circo vai ter um orçamento total de cerca de seis milhões de euros, que abrange não só o Theatro Circo e o gnration, mas também a conferência anual da rede de Cidades Criativas da UNESCO, a bienal INDEX e as ação preparatórias da Capital Portuguesa da Cultura em 2025, e representa um aumento de 1,5 milhões de euros face a 2023, como explicou a administradora daquela entidade, Joana Meneses Fernandes.
No Theatro Circo, o ano de 2024 vai começar, nos dias 03 e 04, com a companhia de teatro residente, a Companhia de Teatro de Braga (CTB), a encenar “Amor de Perdição”, destacando-se, no dia 06, o “Quarteto para o Fim do Tempo”, de Olivier Messiaen, pelo Pluris Ensemble, inserido no novo ciclo Contraponto, dedicado a compositores dos séculos XX e XXI.
“[É] um posicionamento que queremos marcar naquilo que é a programação de música do século XX e XXI, que é sub-representada na maior parte das estruturas nacionais e, portanto, aproximar essa criação e esses compositores dos nossos dias a ensembles locais, alunos das nossas universidades, ensembles internacionais e tocar em espaços tão simbólicos como o Theatro Circo”, afirmou Luís Fernandes.
No mês de janeiro, o Theatro vai também receber “A hora em que não sabíamos nada uns dos outros”, da Companhia Olga Roriz, no dia 12, Carlos Bica, no dia seguinte, a apresentar “Playing with Beethoven”, para além de “O Salto”, de Tiago Correia e A Turma, entre as habituais sessões de cinema e outros momentos de programação.
Fevereiro vai assistir à passagem pelo Theatro Circo de “[O SISTEMA]”, de Cristina Planas Leitão, a sessão de cinema de animação “Preferia não o fazer”, pela Confederação, e a apresentação de “O Estrangeiro” e “Auto da Barca do Inferno”, pela CTB.
No mesmo mês, atuam Cristina Branco (no dia 3), Cara de Espelho (dia 24) e há um tributo a José Afonso e Rosalía de Castro pelo Canto D’Aqui (dia 25).
Os norte-americanos Swans, de Michael Gira, voltam a Portugal, onde têm sido presença assídua, para um concerto no dia 20 de fevereiro, com Maria W Horn a abrir.
Em março, o Theatro Circo abre o mês com Miguel Araújo, no dia 2, estando previstos também os espetáculos “Threshold”, de Mariana Tengner Barros, e “Uma partícula mais pequena do que um grão de pó”, de Sofia Dias e Vítor Roriz, entre outros.
No âmbito do Contraponto, a compositora britânica-indiana Shiva Feshareki vai apresentar “Transfigure”, com alunos da licenciatura em Música da Universidade do Minho, no dia 16 de março.
Março é também o mês do já anunciado – e já esgotado - concerto de Patti Smith com o Soundwalk Collective, no dia 24.
Em abril, mês em que celebra os 109 anos, o Theatro Circo vai acolher o concerto do Joe Lovano Trio Tapestry (dia 11), “Concerto”, de Tiago Cadete (dia 5), e a atuação do coletivo Ars Ad Hoc para interpretar obras de Morton Feldman, Claude Debussy e Igor Stravinsky (dia 13), no contexto do Contraponto.
O 109.º aniversário do Theatro Circo comemora-se no dia 19 de abril, com “Bate Fado”, de Jonas & Lander, um dos destaques das artes performativas da temporada, como disse a programadora da área, Maria Inês Marques.
Abril encerra, no dia 30, com o regresso do britânico Lloyd Cole.
Comentários