Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a organização do pequeno festival de música, que atingiu dimensão nacional após o Rock in Rio Lisboa notificar o Rock in Rio Febras para mudar de nome, alegando uso indevido da marca e concorrência desleal, refere que “uma equipa de 80 voluntários está a preparar o festival onde se respira rock, solidariedade e alegria”.
A organização explica que, face à enorme procura, conseguiu duplicar a dimensão do espaço mas, mesmo assim, houve a necessidade de limitar as entradas a cerca de quatro mil pessoas, por razões de segurança.
Numa primeira fase, a organização disponibilizou online cerca de 3.500 passes grátis e depois mais 500 entradas. Em ambos os casos, os passes esgotaram em poucas horas.
A abertura de portas acontece às 15h00 e o início dos concertos às 16:00, hora a partir da qual vão atuar bandas locais como os Smartini, Crocky Girls, Ledher Blue, Juanito Caminante, Gaspea, Gordilho, Segundo Minuto, Berto, Pedro Conde e Quarta às Nove.
Os festivaleiros devem trocar, no local, o passe gratuito de acesso ao recinto por uma pulseira, a partir das 15h00 e até às 22h00.
Para já, o evento chama-se “Festival de Rock que acontece perto do rio Febras”, mas o nome definitivo ainda não está fechado.
“No site rockriofebras.pt pode ser encontrado um mapa com a localização de vários parques de estacionamento disponíveis, tal como outros detalhes do recinto, nomeadamente a bica de cerveja mais próxima. Haverá comida caseira confecionada por nós, incluindo opções vegan (caldo verde e bifana de legumes)”, refere a organização.
Quanto aos pagamentos, serão apenas aceites em dinheiro.
“Há um multibanco no edifício da Casa do Povo, mas ainda assim aconselhamos que as pessoas tragam dinheiro consigo, condizente com os níveis de fome e sede”, diz a organização, em tom humorado.
Ainda no âmbito do festival, o Museu da Cultura Castreja “estará aberto ininterruptamente”, entre as 9h30 e as 20h00, com a entrada a custar 1,50 euros, que também dará acesso à Citânia de Briteiros.
A organização diz ainda que a farmácia local “estará aberta excecionalmente até às 20h00”, em vez de abrir apenas durante a manhã, como habitualmente.
“Dá mais tempo para adquirir Guronsan em antecipação das dificuldades de domingo”, antevê a organização, que termina o comunicado dizendo: “Já se sabe, o festival termina quando a GNR chegar”.
Na primeira edição do Rock in Rio Febras, realizada em 2022, passaram pelo recinto cerca de 1.500 pessoas ao longo de todo o dia.
O festival que se realiza junto ao rio Febras mantém o cariz social e comunitário, sendo que as receitas revertem para o centro de dia da Casa do Povo de Briteiros.
A organização já tinha anunciado que, apesar do aumento da capacidade inicialmente planeada, depois de ajustar o espaço e as infraestruturas, teria de limitar o número de entradas no festival, devido à elevada procura.
Em declarações anteriormente à Lusa, Vasco Marques, presidente da Casa do Povo de Briteiros, Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que organiza o evento, deu conta de que o festival “assumiu uma dimensão” que estava “a ultrapassar tudo” o que era expectável.
Numa publicação na rede social Instagram, os responsáveis pelo Rock in Rio Lisboa desejaram “o melhor aos amigos do festival de rock que acontece perto do rio Febras” e assumiram que ficaram surpreendidos “pelo alarido causado pela notificação” para que mudassem de nome.
Comentários