Na edição que hoje termina, o recinto aumentou de área, aproveitando as obras que a Câmara Municipal do Porto realizou no espaço, de ligação do Parque da Cidade ao mar, e a música durou quatro dias, em vez dos habituais três, uma forma de comemorar as dez edições.
Em 2024, o Primavera Sound Porto volta a ter três dias – 7, 8 e 9 de junho –, passando a acontecer, pela primeira vez num domingo, aproveitando o facto de em 2024 o feriado do 10 de junho calhar numa segunda-feira, desvendou José Barreiro, em declarações à Lusa.
Além de ocupar um espaço maior, o que fez com que houvesse mais zonas de casas de banho e de bares e restauração, o que evitou que as filas registadas em 2022 se repetissem este ano, houve algumas mudanças na localização dos palcos.
O diretor do festival assumiu que este “não foi o ano ideal para testar estas alterações, por causa dos motivos óbvios das chuvas de quarta e quinta-feira”.
A chuva que caiu no Porto nas noites de quarta e quinta-feira, que tiveram Kendrick Lamar e Rosalía como cabeças de cartaz, fez com que houvesse zonas alagadas em frente ao palco principal, o que dificultou a circulação e a permanência naquele espaço.
Na sexta-feira, a chuva só começou a cair já depois das atuações dos cabeças de cartaz e hoje, até perto das 21h00, não caiu uma gota do céu, nem se prevê que tal aconteça.
Por isso, José Barreiro diz que o que se vive e vê hoje no recinto “mostra que a aposta [da nova ‘arrumação’ do recinto] é para manter, obviamente”.
“O que fizemos foi não tirar nada daquilo que o festival deu até hoje, mas sim acrescentar. E acrescentou, sobretudo, uma fluidez de público no usufruto do Parque da Cidade, como nunca assisti nas anteriores edições”, salientou.
José Barreiro reforçou que, com “todos os percursos criados por esta nova implantação do festival, há muito maior mobilidade, permite muitas maiores zonas de casas de banho, de bares, de zonas de comida, que tinham sido precisamente o que tinha atrofiado a edição de 2022”.
“Sabemos que nem tudo foi perfeito, vamos fazer alterações já para a edição de 2024”, disse.
Quanto às alterações que virão a acontecer em 2024, José Barreiro descarta a mudança de local do palco principal, que até ao ano passado estava numa espécie de anfiteatro natural e este ano foi colocado numa zona plana.
As alterações que prevê serão ao nível de “posicionamentos de obstáculos, erros até de tipografia”.
“São coisas que acontecem quando se faz uma implantação pela primeira vez, e que podiam ter sido corrigidas numa edição de sol e de bom tempo. A chuva apenas nos permitiu atacar poças de água e de lama para tentar minimizar o impacto”, comentou.
“Temos consciência que pode melhorar, que tem de melhorar. E também temos consciência que vai melhorar de certeza absoluta na próxima edição”, afirmou.
Já com datas marcadas para 2024, a organização está agora “a trabalhar no cartaz”, mas “ainda não há nada fechado”. Os nomes dos artistas começarão a ser divulgados “nos próximos meses”.
Este ano, segundo José Barreiro, passaram pelo recinto do Porto Primavera Sound cerca de 38 mil pessoas na quarta-feira, 38.500 na quinta-feira, entre 30 e 32 mil na sexta-feira e hoje são esperadas 35 mil pessoas.
Os cabeças de cartaz de hoje são os britânicos Blur, que regressam ao festival onde atuaram em 2013.
Entre os artistas que atuam hoje estão também os New Order, Julia Holter, Yves Tumor, Halsey e Nick León.
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