Acompanhada por uma orquestra, a banda de Coimbra apresenta-se depois de um primeiro vídeo, com um “Déjà vu de Natal”, baseado no filme “Sozinho Em Casa”. A saga haveria de repetir-se em quatro momentos do concerto, numa hilariante fuga para o Brasil, com Rui a ficar para trás. Finais felizes, como se deseja.

No alinhamento, os temas “se eu pudesse voltar”, “bom rapaz” e “eu juro” inauguraram um auspicioso serão, que se prolongou por mais de duas horas de canções, com um vibrante público a fazer-se ouvir.

Entre novos temas e antigas melodias, Miguel Araújo haveria de juntar-se “à tribo” para os temas “Saudade” e “Tiques de rico”, num pré aquecimento do que há de repetir-se em julho, no MEO Marés Vivas, com Os Quatro e Meia e Miguel Araújo. A admiração que expressam sentir uns pelos outros redonda em momentos de felicidade suprema para o público, num entusiasmo puro e cristalino, como só colaborações especiais conseguem aportar.

“Não respondo por mim”, “O tempo vai esperar” e “Sabes bem” são os temas que se seguem, com a plateia a acompanhar a banda, numa sintonia palpável. Que noite bonita! Ergam-se os braços, liguem-se as lanternas, cante-se a plenos pulmões: o grupo harmoniosamente acompanhado pela orquestra, merece cada nota, mesmo fora de tom, cada luz que ilumina a sala.

Toy, o segundo convidado da noite, sobe ao palco para acompanhar a banda nos últimos acordes da fantástica canção “Olá solidão”. Num volte-face, Os Quatro e Meia retribuem com o tema “És tão sensual”.

Destaque óbvio para os temas “Na escola”, “Pra frente é que é Lisboa” e “Baile de são Simão”, de fio a pavio, acompanhados pelo público, que os sabe de cor.

A última VT junta, finalmente, a banda para um festivo natal. Como se quer, entre família e amigos, em sintonia com cada um dos presentes, que rendidos e cativos, desde os “Pontos nos is”, tornaram a noite tão especial.

A fechar, com chave de ouro e cereja no topo do bolo, esteve o tema “Sentir o Sol” que o público continua a trautear, já na noite gélida no exterior da arena, que não arrefece o ânimo dos que testemunharam um espetáculo monumental e partilharam momentos únicos, que só a (boa) música sabe construir.