Formado por elementos da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), Ligados às Máquinas é “a primeira e provavelmente única orquestra de ‘samples’ em cadeiras de rodas do mundo”, avançou a produtora Omnichord, que prepara a terceira edição de Nascentes.
O festival que tem como “palco e ‘força de criação’ a aldeia das Fontes - onde nasce o rio Lis -, vai promover uma residência artística dos elementos de Ligados à Máquina, que celebram desta forma uma década de existência. O resultado será revelado num espetáculo inédito.
Entre o repertório antigo, vão surgir novas criações trabalhadas a partir de ‘samples’ cedidos por vários artistas, casos da Orquestra e Coro da Gulbenkian, Salvador Sobral, Samuel Úria, Joana Gama, Ana Deus, Rita Redshoes, Bruno Pernadas, Moullinex, Ninfas do Lis, Joana Guerra, José Valente, Surma, Gala Drop, Lavoisier ou Cabrita.
“Do hip-hop ao fado, do rock ao techno, do blues à world music, da música erudita à música concreta, dos sons da publicidade às séries televisivas, tudo se conjuga num espetáculo sonoro único, fruto das vivências do coletivo”, antecipou a organização de Nascentes.
O festival promete “fazer brotar a música e a arte a partir do potencial da aldeia das Fontes”, com concertos, atividades para público infantojuvenil, convívios e um jantar comunitário.
O evento é pensado e desenvolvido de raiz com o apoio e a intervenção direta da comunidade local, processo que promove o “encontro com as pessoas, os lugares e os hábitos”, e que “relaciona artistas e espaços, natureza e criação, rasgo e tradição”.
Além de Ligados à Máquina, foram hoje tornadas públicas as primeiras confirmações do programa, que inclui os Lavoisier, o saxofonista Cabrita, a tradição de Cabo Verde reinventada pelos Kriol e a estreia, “em data única nacional”, do projeto colaborativo ZA! & la TransMegaCobla, “que junta os catalães ZA! à dupla Tarta Relena e aos históricos Megacobla”.
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