A emoção e adrenalina entre os fãs de Taylor Swift começa muito antes dos concertos - a corrida intensa aos bilhetes deixa os ‘swifties’ com o coração nas mãos e só uma pequena percentagem é que consegue garantir entradas. Seguem-se meses de espera e de preparação - outfits pensados ao pormenor e pulseiras da amizade feitas -, o grande dia chega e a alegria é contagiante.
Depois de passar pelos Estados Unidos, México, Argentina, Brasil, Japão, Austrália e Singapura, a artista norte-americana chegou à Europa com a sua aclamada digressão. A primeira paragem foi França, com quatro concertos esgotados na La Défense Arena, em Paris.
No dia 9 de maio, mais de 45 mil pessoas cantaram com a ‘loirinha’ e, no dia seguinte, a festa repetiu-se e o SAPO Mag marcou presença no mega concerto da estrela pop. Já esta sexta-feira e sábado, 24 e 25 de maio, é a vez de Portugal receber a aclamada digressão.
Veja o resumo do concerto:
Antes da abertura das portas, nas redondezas da arena, o clima era de festa e alegria. Com outifts pensados ao pormenor - há quem quem escolha o vestido de “Enchanted”, o uniforme de cheerleader de “Shake it Off”, o macacão de “Reputation” ou capa verde de “Evermore” (já os pais ou namorados das fãs… preferiram ir com o equipamento do clube de Travis Kelce) -, os fãs aproveitam o tempo nas filas para trocar pulseiras, cantar e comprar merchandising da artista.
E quando as portas a arena se abrem, os corações palpitam ainda mais: lágrimas, abraços e correria para os lugares. Muitos dos fãs - que chegam de toda a Europa -, vão ouvir as canções de Taylor Swift ao vivo pela primeira vez e ninguém esconde a emoção.
O showcase dos Paramore
Na nova etapa da digressão, os Paramore têm a missão de abrir os concertos. Em palco, a banda de Hayley William faz uma pequena viagem pela carreira com temas como "Hard Times", "The Only Exception", "That's What You Get" ou "This Is Why".
Pelo meio do pequeno concerto, o grupo norte-americano faz ainda uma versão de "Burning Down the House", dos Talking Heads - a canção faz parte do álbum de tributo ao grupo de David Byrne, que conta com a participação de vários artistas.
3, 2, 1... "It's Been a Long Time Coming"
Depois, pouco antes das 20h00, no gigante ecrã, surgiu um relógio e uma contagem decrescente. Os gritos dos fãs fizeram eco e a adrenalina atingiu picos, mas foi no momento em que Taylor Swift subiu a palco que houve uma total explosão de emoções, com muitas lágrimas e sorrisos.
O alinhamento dos concertos da “The Eras Tour” já é conhecido ao detalhe pelos ‘swifities’, mas para a etapa europeia, a cantora norte-americana fez algumas mudanças, especialmente devido ao novo álbum, “The Tortured Poets Department”, lançado a 19 de abril.
Como sempre, Taylor Swift abriu o espetáculo com a era “Lover”, ao som de “Miss Americana & the Heartbreak Prince”, seguindo depois para "Cruel Summer", com a multidão a soltar as vozes na famosa ‘bridge’ da canção - “I'm drunk in the back of the car/ And I cried like a baby comin' home from the bar/ (Oh) Said, "I'm fine," but it wasn't true/ I don't wanna keep secrets just to keep you”.
Entre as canções, a cantora conversou com os fãs e elogiou Paris. "A mais romântica, a mais entusiasmante cidade do mundo (...) Podiam ter escolhido fazer qualquer coisa a uma sexta-feira à noite e estão aqui connosco", agradeceu, arriscando algumas palavras em francês.
Depois de "The Man", "You Need to Calm Down" e "Lover", a ‘loirinha’ recordou “Fearless” com o tema que dá o nome ao álbum, "You Belong With Me" e "Love Story".
A era "Red", arrancou com "22", carimbado com o famoso momento em que a artista oferece um chapéu a uma criança. Sempre apoiada por um coro de 45 mil pessoas - que não errou nenhum verso -, a norte-americana seguiu a viagem com "We Are Never Ever Getting Back Together" e "I Knew You Were Trouble".
"Nunca pensámos que um multidão seria assim tão incrível"
“Quando temos sonhos sobre como vai ser nos melhores cenários, como vai ser quando for performance, quando crescermos, nunca num desses loucos e bonitos sonhos mágicos… nunca pensámos que uma multidão seria assim tão incrível”, confessou Taylor Swift, repetindo os elogios aos fãs.
No centro do grandioso palco e com a sua guitarra, a cantora norte-americana soltou os primeiros acordes de “All To Well (10 Minutes Version)” e as 45 mil pessoas cantaram a uma só voz todos os versos da canção durante 10 minutos. É um dos momentos mais fortes do concerto, que termina com uma explosão de confetes brancos, criando um manto na arena.
As emoções continuaram fortes em "Enchanted", de "Speak Now". Depois chegou a era de "Reputation" - "...Ready for It?", "Delicate", "Don't Blame Me" e "Look What You Made Me Do".
Era após era, as transformações do palco surpreendem. O ecrã gigante, a longa passerelle, os jogos de luzes, as pulseiras luminosas - que criam um manto de cores perfeito - combinados com o cenário, transportam-nos para o ambiente das canções e fazem sentir que estamos num videoclipe ou num gigantesco musical.
Ao vivo, o palco é ainda mais majestoso e uma das “personagens principais” de toda a produção - chamar apenas concerto é redutor. O que Taylor Swift faz é um espetáculo completo, com storytelling, uma banda bem oleada e bailarinos que abrilhantam a festa.
Na nova fase da digressão, Taylor Swift decidiu juntar os álbuns "folklore" e "evermore", dois "discos irmãos que nasceram durante a pandemia". Na grandiosa casa instalada no palco da arena, a cantora aqueceu os corações com "cardigan" e "betty". Depois, soltou todas as emoções com "champagne problems", segundo-se "august", "illicit affairs", "my tears ricochet", "marjorie" e "willow".
Depois de duas horas de concertos, as 45 mil pessoas continuavam com a energia inicial - com gritos, saltos, danças e, sempre, mas sempre, a acompanhar Taylor Swift nos versos de todas as canções. Depois do momento mais calmo com "folklore" e "evermore", a festa colorida voltou a dominar a arena com os temas de "1989" - "Style", "Blank Space", “Shake It Off", "Wildest Dreams" e "Bad Blood".
Já “The Tortured Poets Department”, ficou reservado quase para o final do concerto. O segmento dedicado ao novo álbum era um dos mais aguardados pelos fãs e é a grande novidade da “The Eras Tour”.
Na segunda noite em Paris, Taylor Swift arrancou a era com "But Daddy I Love Him" e, apesar do disco ter menos de um mês, a multidão cantou todos os versos em total sintonia. "So High School", "Who's Afraid of Little Old Me?" e "Down Bad" abriram caminho para "Fortnight", com Taylor Swift a 'saltar' para uma gigantesca cama. Do novo álbum, a cantora trouxe ainda "The Smallest Man Who Ever Lived" e "I Can Do It With a Broken Heart".
Sem dúvidas que o ato de “The Tortured Poets Department” é um dos mais marcantes de todo o concerto - com uma produção surpreendente, a artista entrega-se de corpo e alma às novas canções e o público acompanha-a.
Tal como já é habitual em todos os concertos, Taylor prepara duas canções surpresas. Na Paris La Défense Arena, a norte-americana escolheu "Is It Over Now?" - com acordes de "Out of The Woods" - e "My Boy Only Breaks His Favorite Toys".
Quase três horas depois, ninguém acusa cansaço e o sentimento é geral: “passou a voar”. Como sempre, para a despedida, a norte-americana trouxe o álbum “Midnights” e terminou a noite com chave d’ouro com os temas "Lavender Haze", "Anti‐Hero", "Midnight Rain", "Vigilante Shit", "Bejeweled", "Mastermind" e "Karma".
Durante três horas e 15 minutos e 46 canções, Taylor Swift oferece aos ‘swifties’ o melhor concerto das suas vidas. Todos os elogios à digressão são justificados e, ao vivo, a cantora consegue surpreender ainda mais.
Pelos recordes, pelas críticas que lhe dão cinco estrelas, “The Eras Tour” já faz parte da história da música. E Taylor Swift poderá continuar a escrevê-la ao vivo até quando quiser, o público agradece.
Nos dias 24 e 25 de maio, é a vez de Portugal receber a cantora norte-americana no Estádio da Luz, em Lisboa. A contagem decrescente já começou - já têm as vossas pulseiras da amizade prontas?
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