De acordo com os promotores, em comunicado, a edição deste ano do festival volta a apostar numa “programação cultural com foco na música”, além de várias atividades distribuídas por vários palcos ao longo da Estrada Municipal (EM) 544 que liga a aldeia de São Francisco da Serra à Costa de Santo André.
Esta via, que cruza o território de Santiago do Cacém “qual espinha dorsal entre a Serra e o Mar, serpenteando encosta abaixo pelo verde do montado e sempre com o azul do oceano em pano de fundo”, serve de mote para o festival que “participa ativamente na preservação da autenticidade cultural e do caráter paisagístico e humano da região”, realçam.
Segundo a produtora Transiberia, que organiza o festival em parceria com a Câmara de Santiago do Cacém, o evento envolve a população local, constituída também por muitos estrangeiros, mas também veraneantes que passam as suas férias na região.
“Posicionando-se como um evento de nova geração, inovador, ecológico e integrador, o festival tem como premissas a itinerância da programação ao longo de lugares icónicos do território e o enquadramento das suas propostas artísticas na paisagem, com o mínimo ruído visual possível e o máximo foco na relação com o espírito de cada lugar”, destaca.
À semelhança da edição anterior, o arranque do festival, a 9 de agosto, coincide com a festa de São Romão, dia em que a população serrana se deslocava à praia da Costa de Santo André para o banho anual de mar.
Neste dia, além de um “passeio de bicicleta percorrendo a coluna vertebral do território do festival, a Estrada Municipal 544” para reavivar “de forma ecológica [...] a memória da tradicional romaria”, a organização propõe uma conversa/jantar, numa zona de montado, sobre a relação entre a tradição e a contemporaneidade, com concerto de Nani Medeiros e João Pita.
No segundo dia do festival, no palco Serra, instalado no recinto da antiga Corticeira de São Francisco, é apresentada uma seleção de vídeos gravados pelo realizador Tiago Pereira e pelo projeto “A Musica Portuguesa a Gostar dela Própria” no concelho de Santiago do Cacém, e atuam a artista Ana Lua Caiano (22h00) e o fadista Duarte (23h00).
Na sexta-feira (11), o palco muda-se para a Lagoa de Santo André, onde o público pode assistir ao concerto de Sílvio Rosado e o seu “cavaquinho indomável” (19h00), à projeção do filme “A Música Invisível”, de Tiago Pereira (21h00), ao concerto da banda Rastafogo (22h00) e ao “extravagante Folclore do Futuro” dos Venga Venga (23h00).
No último dia, o festival A Estrada chega ao Palco Praia, na Costa de Santo André, e despede-se do público com o concerto de Los Micromondos de Brass (17h00), a atuação dos DJs Vítor Belanciano (18h00) e Xoices (19h00), o espetáculo musical de Luizga (21h00) e o concerto de Momma T (22h00).
O festival propõe outras atividades, como caminhadas no Salgueiral da Galiza (sexta-feira, 11) e no Percurso do Barba Roxa (12), um concurso de fotografia, com a curadoria do Museu da Paisagem, e um 'workshop' de desenho de paisagem a cargo de João Catarino, em três zonas distintas do território, “seguindo o percurso da água, da Serra até ao Mar”.
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