No segundo dia do NOS Alive, Dua Lipa foi a estrela maior do festival. A artista estreou-se esta sexta-feira, dia 12 de julho, no Passeio Marítimo de Algés, em Lisboa, e fez a multidão levitar com os êxitos da sua carreira e os temas mais fortes do seu novo álbum, "Radical Optimism", editado em maio.

Nas últimas semanas, a cantora subiu aos palcos dos principais festivais europeus, como Mad Cool Festival, Rock Werchter, Open'er, Nîmes e, claro, Glastonbury. O concerto no NOS Alive marcou o fim da digressão de verão de Dua Lipa, mas os fãs esperam novas datas em breve.

Veja as fotos do concerto:

Com uma carreira repleta de successos que conquistaram os principais tops mundiais, a artista escolheu "Training Season" para abrir o concerto - o alinhamento da digressão não sofreu alterações. O single do disco "Radical Optimism" aqueceu a multidão que, durante uma hora e meia, não poupou a voz - até os 'menos fãs' cantaram versos de todas as canções.

"One Kiss", parceria com Calvin Harris, "Illusion", "Break My Heart" e "Levitating" seguiram-se no alinhamento e a euforia da multidão foi aumentando. Sempre sorridente, entre canções, Dua Lipa agradeceu, em português, e elogiou a organização do festival pelas iniciativas de inclusão - oito surdos  tiveram uma experiência multissensorial no festival, através do Colete das Emoções que está ligado a 5G e que permitiu uma simbiose com a cantora, numa parceria com a Acess Lab.

Acompanhada por um exímio grupo de bailarinos, Dua Lipa também brilhou nas coreografias. O segundo ato do concerto contou com "These Walls", "Be the One" e "Love Again"e "Pretty Please". Tema após tema, as vozes dos festivaleiros soltavam-se e o número de smartphones no ar foi sempre crescendo.

DUA LIPA NO NOS ALIVE
DUA LIPA NO NOS ALIVE créditos: Rita Sousa Vieira

A festa na grande pista de dança do NOS Alive seguiu com "Hallucinate", "New Rules", "Electricity" e "Cold Heart". Depois dos corpos de soltarem, o primeiro e único momento "calmo" (q.b) da noite, com "Happy for You", do novo álbum da artista.

Depois de um breve adeus, Dua Lipa voltou a palco para um final repleto de energia e felicidade, com "Physical", "Don't Start Now" e "Houdini", que contou com uma sessão de fogo de artifício.

A atmosfera criada a partir do primeiro segundo do concerto não deixa ninguém de fora do universo de Dua Lipa que, durante uma hora e meia, transformou o Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, numa gigantesca pista de dança e onde todos se sentiram livres para viver o momento - e ela faz tudo parecer tão fácil.

O rap de T-Rex e Ashnikko

Ao final da tarde, T-Rex, que conquistou o título de artista nacional mais ouvido no Spotify em 2023, teve a missão de abrir o Palco NOS. No festival, apresentou o disco "Cor d'Água" e contou com os seus fiéis seguidores nas primeiras filas.

O rap continuou em destaque no palco principal do Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, com Ashnikko, cantora e compositora norte-americana que ganhou um lugar de destaque depois de lançar "STUPID", com Yung Baby Tate. O tema, que se tornou viral nas redes sociais em 2021, foi servido no arranque do concerto, logo depois das boas vindas ao som de “You Make Me Sick!”.

No NOS Alive, a artista provou ser uma boa anfitriã da festa. Temas como “Don’t Look at It”, “Cheerleader”, “WEEDKILLER” e “Daisy” foram os mais celebrados no concerto de estreia de Ashnikko no NOS Alive, que transportou todos os festivaleiros para o seu universo  hiperativo, sensual e fantasioso, onde as emoções são dramatizadas, os estereótipos de género são perturbados e a vingança é a rainha suprema.

Arlo Parks e AURORA: surpresa só para quem não as conhece 

Antes de Dua Lipa subir a palco, Arlo Parks - que foi a escolhida para substituir Tyla. Com a a sua pop com influências do jazz, a artista britânica fez suspirar os festivaleiros com canções de partir o coração. 

Tal como em 2023, no Primavera Sound Porto, a vencedora do Mercury Prize 2021 (galardão atribuído ao álbum de estreia da britânica, "Collapsed in Sunbeams"),  apresentou temas do seu último disco, "My Soft Machine" (2023), como "Bruiseless", "Weightless" e "Blades".

Já "Caroline" ofereceu o momento mais celebrado ao final da tarde. O alinhamento contou ainda com  "Black Dog" (considerada a canção mais "devastadora e honesta" de 2020 pela NME) e "Hurt", do álbum de estreia.

No segundo dia do NOS Alive, o Palco Heineken abriu com concertos de The Heavy, Larkin Poe e Nathaniel Ratcliff & The Night Sweats. Já pouco depois das 21h00, AURORA,  a sensação norueguesa da pop alternativa, foi o centro de todas as atenções.

Michael Kiwanuka também foi um dos protagonistas do segundo dia do NOS Alive. O britânico com raízes ugandesas, que incorpora influências de Van Morrison e Curtis Mayfield, convidou todos a viajar pela sua música que mistura folk, indie rock e r&b.

A sua voz calorosa, que venceu o Mercury Prize de Best Album of The Year, é como um grande abraço coletivo. "Home Again", "Rest", "Cold Little Heart" e "Love & Hate" não ficaram de fora e garantiram momentos de total comunhão entre o público e o cantor.

A festa brasileira de Gloria Groove

GLÓRIA GROOVE
GLÓRIA GROOVE créditos: Rita Sousa Vieira

Já depois da uma da manhã, a brasileira Gloria Groove foi a responsável por uma das maiores festas da edição de 2024 do NOS Alive.

Em palco, a drag queen celebrou as suas raízes e homenageou Carmen Miranda, artista nascida em Marco de Canaveses, e surpreendeu o público ao convidar Sara Correria para um dueto no tema "Chelas.".

Floating Points fecharam o dia no Palco Heineken. Já no WTF Clubbing, Extrazen, Diana Lima, Jüra e Tourist foram os grandes protagonistas.