A comissão discutiu hoje um requerimento apresentado pelo BE para ouvir duas associações de músicos do Centro Comercial Stop, o condomínio, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
À Lusa, fonte parlamentar adiantou hoje que o requerimento “foi desdobrado” em seis pedidos de audições.
A audição das duas associações de músicos e da administração do condomínio do Stop foi aprovada por unanimidade pelo PS, PSD, Chega e BE.
Já a audição do presidente de Rui Moreira, Pedro Adão e Silva e da ANEPC foram rejeitadas, com os votos contra do PS e os votos favoráveis do PSD, Chega e BE.
Em declarações à Lusa, o deputado José Soeiro, do BE, lamentou que as audições do presidente da câmara, do ministro da Cultura e da ANEPC tenham sido rejeitadas, destacando que a comissão poderia desempenhar “um papel importante” na resolução da atual situação do Stop.
Além do requerimento do BE, a Comissão de Cultura discutiu também um requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do PCP para a audição do ministro da Cultura e das duas associações que representam os músicos sobre “o dano causado à atividade cultural pelo encerramento do centro comercial Stop”.
O requerimento do PCP foi rejeitado, com o voto contra do PS e os votos favoráveis do PSD, Chega e BE.
O Stop, que funciona há mais de 20 anos como espaço cultural, com salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das suas frações serem seladas em 18 de julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, mas reabriu em 04 de agosto, com um carro de bombeiros à porta.
Depois de receber o relatório da inspeção extraordinária realizada pela Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANEPC), os serviços da Câmara do Porto defenderam o encerramento do centro comercial e o intento de uma providência cautelar contra a ANEPC e o Ministério da Administração Interna.
Os proprietários e arrendatários do Stop foram notificados em 08 de setembro pelos serviços da autarquia de que tinham 10 dias úteis para desocupar o edifício, mais concretamente até sexta-feira, dia para o qual foi já convocada uma nova manifestação na Avenida dos Aliados em protesto contra a decisão da câmara municipal.
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