Resumir o ano de Taylor Swift não é fácil, vão sempre faltar conquistas, números e histórias. Em 2023, a cantora norte-americana bateu recordes atrás de recordes, conquistou prémios e entrou para o muito restrito clube dos multimilionários.
Mas mais do que os números, este ano, Taylor Swift fez vibrar multidões com os concertos das The Eras Tour. Apesar da digressão só chegar à Europa no segundo trimestre de 2024, os corações dos fãs portugueses, espanhóis, italianos, franceses ou britânicos já bateram com mais força quando a "loirinha" anunciou as datas dos concertos, dando início a uma louca corrida aos bilhetes - foi uma "Great War".
"The Eras Tour"
Em Portugal, os cerca de 120 mil bilhetes colocados à venda para os dois concertos Estádio da Luz, em Lisboa (24 e 25 de maio - organizados pela promotora Last Tour), esgotaram em poucas horas. A bilheteira online abriu às 12h00 (hora de Portugal continental) e a corrida foi intensa: todos as entradas foram vendidos até às 16h45, confirmou a See Tickets nas redes sociais.
Segundo a Pollstar, considerada uma das mais prestigiadas publicações da indústria de concertos a nível mundial, a "The Eras Tour" foi a primeira digressão a arrecadar mil milhões de dólares (cerca de 915 mil milhões de euros).
No total, para os primeiros 60 concertos foram vendidos 4,35 milhões de bilhetes. Dos Estados Unidos ao Brasil, as multidões vivem com toda a euforia as três horas de concerto, onde Taylor viaja por todos os 10 álbuns da sua carreira. Nas redes sociais, os vídeos dos espetáculos multiplicam-se e deixam antever o ambiente que se viverá no Estádio da Luz em maio.
De acordo com as estimativas da revista, 2024 também será um grande ano para Taylor Swift. A publicação projeta que a digressão irá novamente ultrapassar os mil milhões de dólares.
O filme-concerto
Além dos recordes com a digressão, a pop star surpreendeu Hollywood com a estreia do seu filme concerto e os grandes estúdios e executivos da exibição e distribuição não gostaram de não ter sido avisados com antecedência sobre o lançamento nos cinemas de “Taylor Swift: The Eras Tour”.
O impacto foi sísmico: o filme só precisou de três horas para chegar aos 26 milhões de dólares (24 milhões de euros, à taxa cambial do dia) e bater o recorde de 16,9 milhões da pré-venda de bilhetes nas primeiras 24 horas de "Homem-Aranha: Sem Volta a Casa" nas salas da exibidora AMC, a maior da América do Norte (ajudou, claro, que os bilhetes sejam muito mais caros: 19,89 dólares para adultos, em comparação com os 11,5 do filme de super-heróis).
"Taylor Swift: The Eras Tour", que chegou a 13 de outubro a 8500 salas de cinema em 100 países, torna-se o filme-concerto mais vendido da história. O filme tornou-se na longa-metragem de espetáculos mais lucrativo da história (250 milhões de dólares, segundo a Pollstar), superando "Justin Bieber: Never Say Never", que arrecadou 99 milhões de dólares, em 2011.
As novas regravações
Este ano, além da digressão e do filme, Taylor Swift editou "Speak Now (Taylor’s Version)" e "1989 (Taylor’s Version)" que, além das regravações das canções originais, contaram com temas inéditos. Os álbuns conquistaram os tops mundiais e somaram milhões e milhões de reproduções em todos os serviços de streaming de música.
Por exemplo, em novembro, com "1989 (Taylor’s Version)", o quarto lançamento de Taylor Swift de uma série de álbuns regravados, de acordo com o relatório da Luminate, citado pela revista Billboard, a nova versão do disco da cantora norte-americana vendeu mais de 1,1, milhões de cópias nos Estados Unidos nos primeiros seis dias (entre 27 de outubro e 1 de novembro).
Do total, as vendas de vinil representam 589 mil, sendo a melhor semana de vendas de um álbum em vinil desde 1991, ano em que a empresa iniciou as contagens. Mais uma vez, artista bateu o seu próprio recorde - na semana de lançamento, foram vendidas 575 mil cópias do vinil de "Midnights".
O sucesso no Spotify
A nova regravação do álbum, que conta com 21 temas, fez também história no Spotify ao tornar-se no álbum com mais reproduções em 24 horas. "Ela conseguiu fazê-lo novamente", celebrou o serviço de streaming nas redes sociais, relembrando que a artista norte-americana já tinha conquistado o recorde em 2022 com "Midnights".
Em 2023, a norte-americana tornou-se na artista mais ouvida no Spotify - todos os meses, mais de 105,3 milhões de pessoas ouvem as canções de Taylor Swift no Spotify. No total, ao longo do ano, a canções da "lourinha" conquistaram mais de 26,1 mil milhões de reproduções no serviço de streaming.
Em 2023, os portugueses também tiveram uma nova artista internacional preferida no Spotify. Taylor Swift sobiu ao primeiro lugar após ter ficado na terceira posição no ano passado, seguida de The Weeknd, o líder de 2022, e Drake, o líder do Wrapped 2021.
Artista do Ano da Apple Music
Além do Spotify, a artista também brilha em outras plataformas de música. Taylor Swift foi a artista feminina mais ouvida na história da Apple Music e venceu prémio Artista do Ano 2023.
"Depois de um 2023 notável e com vários recordes, Taylor Swift é a Artista do Ano da Apple Music. Nos tops, streams e concertos com estádios cheios de super fãs a gritar e a usar pulseiras, este ano, Swift alcançou inegavelmente um novo reino do estrelato", frisa o serviço de streaming em comunicado.
Ao todo, nos primeiros 10 meses de 2023, a cantora colocou 65 músicas no Global Daily Top 100 da Apple Music – mais do que qualquer outro artista.
"Estou muito honrada por ser a Artista do Ano da Apple Music", frisa Taylor Swift em comunicado enviado ao SAPO Mag. "Obrigada a cada um de vocês por fazerem deste o ano mais incrível, alegre e comemorativo de sempre. Desde ouvirem as canções sem parar até gritarmos juntos na vida real nos concertos, dançar caoticamente nos cinemas, nada disso teria sido possível sem vocês. Muito obrigada", acrescenta.
Para Oliver Schusser, vice-presidente de Apple Music e da Beats da Apple, "o impacto de Taylor Swift na música é absolutamente inegável – não apenas neste ano de recordes, mas ao longo de toda a sua carreira".
Em nota enviada ao SAPO Mag, a Apple Music adianta que, em 2023, as reproduções das canções de Taylor Swift aumentaram 61%. O crescimento começou em março, mês em que arrancou a nova digressão da artista.
A playlist "Set List: Eras Tour by Taylor Swift" foi a lista de reprodução mais ouvida do ano. Já temas como "Bad Blood”, “Blank Space”, “Style”, “Shake It Off”, “Wildest Dreams” e “All Of The Girls You Loved Before” conquistaram os tops da Apple Music pela primeira vez em 2023.
Mas há mais. Este ano, Taylor Swift consagrou-se como a artista feminina mais ouvida na história da Apple Music e também a artista feminina com mais músicas a alcançar o Global Daily Top 100 da Apple Music.
Os milhões de Taylor
Com um império apenas no mundo da música, Taylor Swift entrou este ano para muito restrito clube dos multimilionários. Segundo a Bloomberg, o património liquido total da artista de 1,1 mil milhões de dólares - se tivéssemos de contar a fortuna da artista dólar a dólar, iríamos demorar... 32 anos.
A quantia ajudou a impulsionar a economia dos Estados Unidos e a agência sublinha, ainda, que Taylor Swift é uma das poucas artistas a alcançar o status de multimilionária com base apenas na música.
Personalidade do ano para a revista Time
Desde 1927, a Time escolhe a Personalidade do Ano com base na avaliação de vários editores que analisam as pessoas que se destacaram nas manchetes dos meios de comunicação ao longo de 12 meses, "para o bem e para o mal".
Para a publicação, em 2023, Taylor Swift foi a personalidade que marcou o ano.
No artigo sobre a cantora norte-americana, a revista lembra que a "personalidade escolhida é tipicamente um governante", um político ou "um titã da indústria". Mas, "num mundo dividido, onde demasiadas instituições estão a falhar, Taylor Swift encontrou uma forma de transcender fronteiras e ser uma fonte de luz", frisa a Time.
"Mais ninguém no planeta hoje consegue movimentar tantas pessoas tão bem. Alcançar esse feito é algo que muitas vezes atribuímos aos alinhamentos dos planetas e destinos, mas dar muito crédito às estrelas ignora a sua habilidade e o seu poder", destaca o editorial.
A revista desafia ainda os mais céticos a responder a estas perguntas: "Quantas conversas teve sobre Taylor Swift este ano? Quantas vezes viu uma foto dela enquanto estava no telemóvel? Foi uma das pessoas ou conhece alguém que viajou até à cidade onde a cantora iria atuar? Comprou um bilhete para o filme-concertos? Tocou duas vezes num post no Instagram, riu-se de um tweet ou clicou numa notícia sobre a artista? Cantarolou 'Cruel Summer' enquanto estava na fila do supermercado? Um amigo contou-lhe que viu vídeos da 'The Eras Tour' de noite no TikTok? O que fez?".
A artista mais influente do mundo para a Forbes
A revista Forbes elegeu Taylor Swift como a quinta mulher mais influente do mundo em 2023, ficando apenas atrás de Ursula von der Leyen, Christine Lagarde, Kamala Harris e Giorgia Meloni. No ano passado, a artista norte-americana ocupava a 79.ª posição no ranking.
No top de personalidades do mundo de entretenimento, a cantora lidera a lista da Forbes.
A revista destaca que Taylor Swift influenciou a "economia, cultura e política" com a "The Eras Tour", entrando para o restrito clube dos multimilionários.
A norte-americana é ainda a mais jovem mulher a chegar aos primeiros lugares do top da Forbes. A lista destaca ainda Oprah Winfrey (31.º lugar), Beyoncé Knowles (36) e Rihanna (74).
Prémios e mais prémios
Ao longo do ano, Taylor Swift arrecadou prémios e mais prémios.
Tal como em 2023, Taylor Swift foi a grande vencedora dos MTV Europe Music Awards ao conquistar três dos principais prémios - a cantora estava na frente da corrida com sete nomeações. A artista norte-americana venceu o galardão de Melhor Vídeo (com "Anti-Hero"), Melhor Artista e Best Live.
Já nos MTV Video Music Awards, Taylor Swift levou para casa os prémios mais cobiçados: artista do ano, vídeo do ano, canção do ano, melhor canção pop e realização.
2024 também promete ser um grande ano para a cantora norte-americana. Para os fãs portugueses, o prémio já está garantido: 24 e 25 de maio, no Estádio da Luz, em Lisboa.
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