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MEO à velocidade máxima de 10Gbps

Cinema: Para estas personalidades, 2017 só trouxe más notícias

L.S.
29 dez 2017 13:47
Atualidade
  • Revista do ano 2017
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Este artigo tem mais de 6 anos
Dos escândalos sexuais que envolveram Harvey Weistein ou Kevin Spacey aos fracassos de bilheteira de filmes que ensombraram as carreiras de Scarlett Johansson ou Ryan Gosling, são várias as personalidades que se despedem bastante chamuscadas de 2017.
  • Dos escândalos sexuais que envolveram Harvey Weistein ou Kevin Spacey aos fracassos de bilheteira de filmes que ensombraram as carreiras de Scarlett Johansson ou Ryan Gosling, são várias as personalidades que se despedem bastante chamuscadas de 2017.
  • Hollywood tem décadas de escândalos, mas este é um dos piores: ao longo de décadas, o produtor Harvey Weinstein terá sido um predador sexual. Mais de 100 mulheres, incluindo várias atrizes de grande projeção, acusarem-no de assédio e violação. Além de abusar do seu poder na indústria ao mesmo tempo que apoiava grandes filmes através das produtoras Miramax e The Weinstein Company, também prejudicou as carreiras de atrizes que o rejeitaram, como Ashley Judd e Mira Sorvino. O produtor assumiu alguns comportamentos incorretos e negou os mais graves. Em poucos dias acabou expulso da Academia dos Óscares e outras organizações, incluindo a produtora com o seu nome. A mulher vai divorciar-se e o caso pode piorar: autoridades de Los Angeles, Nova Iorque e Londres abriram investigações criminais. O escândalo deixou Hollywood em estado de sítio, mas o movimento de denúncias alastrou e atingiu personalidades respeitadas de outras áreas profissionais.
  • Uma carreira caída em desgraça. A 29 de outubro, o ator Anthony Rapp acusou-o de o ter assediado em 1986, quando tinha 14 anos. Spacey tinha 26. Em resposta, este disse não se recordar e pediu desculpa, responsabilizando o álcool. Assumiu também a homossexualidade, o que parece ter agravado a sua situação: foi acusado de querer desviar as atenções do mais grave e sugerir uma ligação entre sexualidade e abuso de menores. A sua situação piorou com a revelação de outras acusações de assédio e comportamentos inapropriados ao longo de mais de 20 anos, indicando um padrão de comportamento predatório. Acabou despedido a meio da rodagem da sexta temporada de "House of Cards" e a Netflix também anunciou que não lançará o seu filme sobre Gore Vidal. Pior, Ridley Scott cortou todas as suas cenas de "Todo o Dinheiro do Mundo", substituindo-o por Christopher Plummer.
  • Em fevereiro, a revista Rolling Stone colocou-o em quarto da lista dos 50 melhores comediantes de todos os tempos. Isso mudou quando, a 9 de novembro, após anos de alegados comportamentos inapropriados que sempre caracterizou como rumores, cinco mulheres acusaram-no de lhes pedir para o verem masturbar-se. A distribuição do seu filme "I Love You Daddy" foi cancelada a uma semana da estreia, perdeu contratos e projetos, incluindo a sequela de "A Vida Secreta dos Nossos Bichos", e foram suspensos outros onde estava envolvido como produtor. Reconheceu as acusações e abuso de poder, anunciando um longo período de reflexão.
  • O quarto grande atingido pelos escândalos: o responsável pela trilogia "Hora de Ponta" e criador da série "Prison Break" foi acusado de assédio por Natasha Henstridge e mais cinco atrizes. "Ajudado" pelo impacto das acusações a outras personalidades, tem mantido um perfil discreto, fazendo desmentidos através dos advogados, mas a sua produtora já perdeu o lucrativo contrato com um grande estúdio.
  • O lendário ator acabou salpicado pela onda de revelações dos escândalos sexuais ao ser acusado de comportamentos impróprios por oito mulheres. No primeiro caso, pediu desculpa e falou da cultura de "cumplicidade" nas rodagens e de como tudo era diferente nos anos 80, depois agarrou-se ao facto de ter feito "Tootsie" para dizer que respeitava as mulheres. Negou outras acusações. Finalmente, não se saiu muito bem quando foi confrontado publicamente com o assunto por Jon Oliver.
  • Quando se celebram os 20 anos de "O Bom Rebelde", coleciona fracassos de bilheteira: "A Grande Muralha", "Pequena Grande Vida" e "Suburbicon". Fraca consolação ter produzido "Manchester by the Sea", que ganhou 2 Óscares, ou o momento cómico não creditado em "Thor: Ragnarok". Pior, tornou-se uma vítima colateral do escândalos sexuais, acusado de ser um apologista e de olhar para o outro lado no caso do produtor Harvey Weistein (apesar de não trabalhar com ele há mais de 15 anos). Nas redes sociais, a mentalidade de indignação e linchamento está ao rubro: existe uma petição a exigir que seja cortada a sua pequena participação em "Ocean´s 8". Ao mesmo tempo disto tudo, o pai morria de cancro...
  • Um ano para esquecer antes de regressar em 2018 ao convívio com os "Vingadores": os seus dois grandes filmes, "Ghost in the Shell" e "Girls Night", foram grandes fracassos de bilheteira.
  • As acusações de alegada violência doméstica contra a antiga esposa, a atriz Amber Heard, obrigaram o estúdio e J.K. Rowling a defender a sua participação em "Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald". Os antigos gestores da carreira também o processaram em milhões. Figura de segunda linha em "Um Crime no Expresso do Oriente", o pior é que está a perder gás a sua maior fonte de rendimentos: a saga "Piratas das Caraíbas". O quinto filme, "Homens Mortos Não Contam Histórias" foi mesmo considerado um fracasso nos EUA.
  • Foi preciso a China para salvar "A Múmia" de ser um desastre comercial completo. O filme e o ator tornaram-se símbolos da incapacidade de Hollywood em lançar novas sagas no verão, deixando em suspenso outros projetos de monstros da saga "Dark Universe". O outro filme de Cruise, "Barry Seal: Traficante Americano", também foi recebido com indiferença. O que vale é que em 2018 chega "Missão Impossível 6".
  • À boleia da série de culto "Sons of Anarchy", parecia pronto para se afirmar finalmente no grande ecrã, mas sucederam-se os fracassos: "Batalha do Pacífico", "Crimson Peak: A Colina Vermelha", "A Cidade Perdida de Z" e principalmente, já em 2017, "Rei Artur: A Lenda da Espada". Um grande ponto de interrogação como estrela de cinema...
  • Com "La La Land: Melodia de Amor", 2017 não podia ter começado melhor. O ator riu-se no palco com a confusão nos Óscares, mas o pior foi depois: era mais nele do que em Harrison Ford que o estúdio confiava para chamar espectadores para "Blade Runner 2049", que acabou por se tornar um dos grandes "flops" do ano.
  • O realizador foi despedido pelo estúdio de "Bohemian Rhapsody", o filme sobre a vida Freddie Mercury, depois daquilo que o Hollywood Reporter descreveu como uma rodagem "caótica" e conflitos com vários atores.
  • Parabéns ao ator, que casou com Alicia Vikander em 2017 e comprou casa em Lisboa. No cinema, tudo lhe correu mal: "Assassin's Creed", "Música a Música", "Alien: Covenant" e "O Boneco de Neve" não justificaram o investimento. Não admira que regresse como Magneto em "X-Men: Dark Phoenix" em 2018.
  • Para Jennifer Lawrence, 2017 começou com a desilusão comercial de "Passageiros", mas continuou com "Mãe!", do realizador Darren Aronofsky. Um filme arriscado e polémico que não conseguiu rentabilizar isso nas bilheteiras. Nunca seria um "blockbuster", mas é legítimo esperar que o novo trabalho da atriz lançado em mais de 2300 salas faça nas bilheteiras mundiais mais do que 17 milhões de dólares.
  • O fracasso de "Marés Vivas" também foi mau para Dwayne Johnson, principalmente depois de um ano de marketing nas suas redes sociais, mas esse tem "Velocidade Furiosa" e "Jumanji" como consolação. Para Zac Efron é que foi mais uma aposta em falso. Ainda não é desta que a sua popularidade tem resultados práticos e não será o musical "O Grande Showman" ao lado de Hugh Jackman a alterar isso.
  • Engordou e ficou feio para "Ouro", mas foi ignorado pelos Óscares. E fica associado, com Idris Elba, a um dos grandes fracassos de 2017: a adaptação ao cinema de "A Torre Negra" de Stephen King.
  • Em fevereiro de 2015, ficaram em 70º na lista dos mais poderosos de Hollywood por causa do sucesso de "O Filme Lego" e "Agentes Universitários". Em junho de 2017 eram despedidos pela Lucasfilm de "Han Solo: Uma História de Star Wars" por "divergências criativas"... a menos de um mês do fim da rodagem.
  • Mais agitação: o realizador de "Mundo Jurássico" e a Lucasfilm "chegaram a acordo" para o primeiro não ficar à frente do Episódio IX da trilogia "Star Wars", sendo substituído por J.J. Abrams (que fez "O Despertar da Força"). Além disso, o seu pequeno filme "The Book of Henry", com Naomi Watts e Jacob Tremblay, além do fracasso de bilheteira, foi considerado um dos piores do ano.
  • A comédia "Olha Que Duas" foi um dos fracassos do Verão, mostrando que Amy Schumer ainda não é uma estrela de cinema pois não repetiu o sucesso de "Descarrilada". Já Goldie Hawn deve estar arrependida de regressar ao grande ecrã ao fim de 15 anos de reforma.
  • Desalojou Dwayne Johnson do topo da lista dos atores mais bem pagos do mundo feita pela Forbes, mas alguns meses mais tarde a revista também o colocou na lista dos que não justificam o salário. Nas bilheteiras, "Patriots Day - Unidos Por Boston" foi um fracasso, a sequela "Pai Há Só Um... Ou Dois" uma desilusão e "Transformers: O Último Cavaleiro" rendeu metade do filme anterior de 2014. Foi ainda gozado por dizer que estava arrependido de "Boogie Nights" (1997), que lhe deu uma carreira em Hollywood.
  • O realizador despediu-se da saga "Transformers" em tom menor: "O Último Cavaleiro", rendeu 607 milhões de dólares nas bilheteiras a nível mundial, enquanto o quarto filme chegara aos 1,1 mil milhões em 2014.
  • Faz escolhas muito estimulantes de projetos, mas estes continuam a passar ao lado do grande público, mesmo quando têm mais argumentos comerciais: apesar dos elogios, "Vida Inteligente" e "Stronger", este feito a pensar nos Óscares, correram muito mal nas bilheteiras.
  • Regressou para o quinto filme oficial da saga "Underword" jurando que era o último que fazia. Pode estar descansada: não há o risco de alguém lhe pedir mais após o fracasso que foi "Guerras de Sangue".
  • Apostou forte em "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas", o filme mais caro da sua produtora que foi um grande flop nas bilheteiras, o que obrigou esta a avançar com um plano de reestruturação.
  • Era um reencontro desejado há muito tempo, mas talvez tenham esperado demasiado tempo: Ewan McGregor, Robert Carlyle, Jonny Lee Miller e Ewen Bremner juntaram-se ao realizador Danny Boyle para a sequela do emblemático "Trainspotting" (1996), mas a magia não se voltou a repetir nas bilheteiras, muito menos o impacto na cultura popular.
  • Sinal dos atuais tempos políticos? O antigo vice-presidente dos EUA continua a sua cruzada em defesa do meio ambiente, mas "Uma Sequela Inconveniente: A Verdade ao Poder" teve muito menos impacto do que o primeiro filme, de 2006: rendeu 10 vezes menos nas bilheteiras mundiais.
  • Tal como aconteceu em "Estado de Guerra" ou "00:30 A Hora Negra", não voltou a fugir à polémica, abordando com "Detroit" um episódio da complicada história racial nos EUA, mas a grande aposta para os Óscares passou completamente despercebida.
 
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