Segundo o site do Festival de Sevilha, o filme foi galardoado “pela elaborada, ingénua e musical doçura do seu tom e pelo humanismo” de uma história que foca as “consequências que tanto a passagem do tempo quanto as novas tecnologias podem ter na vida do cidadão comum".
Depois de ter tido estreia mundial no Festival de Cinema de Locarno (Suíça) e de ter encerrado o festival DocLisboa, "Technoboss" chegou aos cinemas portugueses a 7 de novembro, assinalando a estreia do ex-programador cultural Miguel Lobo Antunes na representação aos 71 anos.
Em "Technoboss", Miguel Lobo Antunes é Luís Rovisco, diretor comercial de uma empresa de aparelhos de segurança que está à beira de se reformar. Passa grande parte do tempo dentro do carro, em viagem, cantando os males da vida, até que se apaixona.
À agência Lusa, Miguel Lobo Antunes garantiu que não é ator, nem vai continuar a ser e que decidiu entrar no filme por confiar em João Nicolau: "Ele disse que eu era capaz de fazer. Eu sou uma criação dele".
"Assim como no filme o aparecimento de Lucinda [uma das personagens] salva o Luís Rovisco - que estava a ficar incomodado com a situação de reforma e passa a ter uma vida nova - na minha vida, aparecer este filme dá-me outra vida aos 70 anos", disse.
Também à Lusa, João Nicolau sublinhou que queria fazer um filme sobre um homem num carro e que só depois de escolher Miguel Lobo Antunes num 'casting' é que decidiu que a personagem seria alguém à beira da reforma.
Além de Locarno e do DocLisboa, “Technoboss” foi exibido em festivais em França, Brasil, Chile e Áustria.
O filme “Technoboss” está atualmente em exibição nas salas de cinema nacionais e tem estreia garantida em França, ainda este ano, e no Brasil, em 2020.
O Festival de Cinema de Sevilha atribuiu o 'Giraldillo de Oro', o galardão máximo, ao filme Martin Eden, do italiano Pietro Marcello, baseado no romance que escreveu o escritor norte-americano Jack London.
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