A caminho dos
Óscares 2018
Greta Gerwig é a maior novidade entre as nomeações do Sindicato de Realizadores de cinema, televisão e publicidade nos EUA (DGA), considerado um dos mais certeiros prognosticadores dos Óscares.
A realizadora, argumentista e atriz conseguiu a nomeação por "Lady Bird", a primeira da sua carreira, ultrapassando por exemplo Steven Spielberg ("The Post"), a maior ausência na lista.
Os outros nomeados são, como esperado, Guillerme del Toro por "A Forma da Água", Martin McDonagh ("Três Cartazes à Beira da Estrada") e Jordan Peele ("Foge"), também estreantes nestes prémios, a que se junta o veterano com quatro nomeações Christopher Nolan ("Dunkirk").
Jordan Peele conseguiu uma segunda nomeação da sua carreira na categoria reservada a realizadores que se estreiam em longas-metragens, onde estão ainda Geremy Jasper ("Patti Cake$"), William Oldroyd ("Lady Macbeth"), Taylor Sheridan ("Wind River") e Aaron Sorkin ("Jogo da Alta-Roda").
As escolhas do Sindicato dos Realizadores, vistas em conjunto com as dos Produtores, anunciadas dia 5, indicam o mais provável grupo de nomeados que vai discutir as grandes nomeações para os Óscares.
Desde 1970, quando ficou definido que seriam cinco nomeados na categoria, apenas por cinco vezes as nomeações do Sindicato dos Realizadores coincidiram a 100% com as dos Óscares. Para as primeiras votam mais de 16 mil membros, enquanto o comité dos realizadores da Academia tem 473.
Por outro lado, os DGA têm sido um dos mais seguros prognosticadores em quem será o vencedor: desde 1950, apenas 7 não ganharam a seguir o Óscar.
Foi isso que aconteceu quando Anthony Harvey ganhou o DGA com "Um Leão no Inverno" e o Óscar foi para Carol Reed por “Oliver!” (1968); Francis Ford Coppola foi distinguido com "O Padrinho" e o Óscar foi para Bob Fosse por “Cabaret, Adeus Berlim” (1972); Steven Spielberg recebeu por "A Cor Púrpura" e a Academia preferiu Sydney Pollack por "África Minha" (1985); Ron Howard ganhou com “Apollo 13” e Mel Gibson foi escolhido por “Braveheart - O Desafio do Guerreiro” (1995); Ang Lee recebeu com "O Tigre e o Dragão" e perdeu depois para Steven Soderbergh com “Traffic - Ninguém Sai Ileso” (2000); e Rob Marshall foi distinguido por “Chicago” e a Academia optou, num dos grandes choques da sua história, por Roman Polanski e "O Pianista" (2002).
Em 2012, aconteceu um caso único: Ben Affleck ganhou com "Argo" e nem sequer foi nomeado na categoria para os Óscares, onde ganhou Ang Lee por "A Vida de Pi".
Os premiados serão conhecidos a 3 de fevereiro.
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