Com a fotografia a preto e branco e atores a trabalhar em cenários feitos por computador,
«Sin City: Cidade do Pecado» parecia mesmo o primeiro filme saído de uma novela gráfica e adquiriu um culto instantâneo assim que chegou às salas de cinema em abril de 2005. A hipótese de fazer uma sequela foi logo anunciada e
Robert Rodriguez alimentou-a ao longo dos anos, mas
Frank Miller, autor da novela e co-realizador, assumiu em várias entrevistas que a demora se deveu ao desafio técnico de filmar em 3D quando nos EUA apenas existiam duas salas de projeção nesse formato.
Foi uma decisão que se revelou fatal: a diferença de nove anos e todas as adaptações de banda desenhada que entretanto foram feitas, a começar desde logo por
«300», do mesmo Frank Miller, bem como a perda de prestígio da «marca» Rodriguez por conta de filmes como
«Machete Mata» e
«Spy Kids 4D - Todo o Tempo do Mundo», tornaram
«Sin City: Mulher Fatal» o mais recente fracasso comercial de uma temporada de verão nas bilheteiras dos EUA que está quase 15% abaixo das receitas de 2013. Chega a Portugal esta quinta-feira.
A estreia em 2894 salas americanas rendeu uns desastrosos 6,5 milhões de dólares (4,93 milhões de euros), uma fração (21,81%) do que conseguiu o primeiro filme em 2005, quando surpreendeu a indústria ao arrancar com 29,8 milhões de dólares, a caminho dos 159 milhões a nível global, contra um investimento de apenas 40 milhões. A continuação terá custado entre 60 a 70 milhões.
Com o fracasso de «Sin City: Mulher Fatal» e os resultados abaixo das expetativas da estreia de
«Se Eu Ficar», regressou à posição cimeira dos mais vistos
«Guardiões da Galáxia», que também ultrapassou
«Transformers: Era da Extinção» e se tornou o título mais rentável do verão no mercado americano.
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