O filme biográfico sobre
Frank Sinatra realizado por
Martin Scorsese continua a ter dificuldades em avançar, com conflitos contínuos entre o realizador e a família do artista sobre a melhor forma de levar a vida do cantor e actor ao grande ecrã. Segundo várias fontes, o autor de
«Taxi Driver» não quer evitar os lados mais negros da vida do artista (nomeadamente as alegadas ligações à mafia e a promiscuidade sexual) mas a família do mesmo parece preferir uma abordagem muito mais hagiográfica ao tema, essencialmente focada na música.
Em entrevista ao jornal indiano «The Indu», Scorsese afirmou agora ainda estar à procura do actor que possa encarnar Sinatra, sublinhando que «a minha escolha é
Al Pacino, com
Robert De Niro como
Dean Martin». Embora De Niro tenha já feito vários filmes com o realizador, esta seria a primeira colaboração profissional de Pacino com Scorsese.
O realizador já assumiu ter desistido de fazer uma biografia convencional da vida do cantor, já que a dimensão e quantidade de eventos relevantes tornavam impossível integrar tudo numa única película. Em entrevista ao site shortlist.com, citada pelo britânico «The Guardian», o cineasta afirmou que «não podemos passar em revista todos os grandes acontecimentos da vida de Sinatra. Já tentámos fazê-lo. É impossível. A outra forma de abordar a coisa é com três ou quatro Sinatras diferentes. Novo. Mais velho. Meia idade. Muito velho. Andamos para trás e para a frente no tempo – e fazê-mo-lo através da música. É isso que estamos a tentar fazer. É muito complicado».
Nesse sentido, Pacino e De Niro, se concordarem participar no filme, deverão encarnar Sinatra na fase da meia idade. Quando o projecto foi divulgado à imprensa, a meados de 2009, comentou-se que Scorsese gostaria que
Leonardo DiCaprio também interpretasse o cantor, e que a família do mesmo (cuja participação é essencial devido aos direitos de utilização das músicas) encarava melhor a opção de
George Clooney como actor principal.
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