Prestes a regressar ao cinema em "Magic Mike: A Última Dança", Salma Hayek revelou numa entrevista que Hollywood a impediu de fazer comédias durante quase 20 anos.

Para os grandes estúdios, a atriz de origem mexicana era demasiado "sexy" para o género.

De facto, apesar de ter feito par com Matthew Perry em "Fools Rush In" (" Só os Tolos Se Apaixonam", 1997) e com Russell Crowe em "Breaking Up" ("Tempo de Partir", 1997), o primeiro um moderado sucesso de bilheteira e o segundo lançado em poucos cinemas, a atriz diz que "Miúdos e Graúdos" (2010) foi a primeira vez que participou numa "comédia tradicional".

Uma oportunidade que agradece a Adam Sandler.

"Foi estereotipada durante muito tempo". A vida toda quis fazer comédia e as pessoas não me davam comédias. Não conseguia um papel até que conheci o Adam Sandler, que me colocou numa comédia, mas estava nos meus quarentas!", contou à edição britânica da revista GQ.

"Eles diziam 'És sexy, portanto não tens autorização para ter sentido de humor'. Não só não podes ser inteligente, mas também não podias ser engraçada nos anos 1990", recorda.

Aos 56 anos, a atriz já consegue rir do assunto: "Na altura, estava triste. Mas agora aqui estou a fazer todos os géneros, numa altura da minha vida em que me disseram que estaria acabada – que nos últimos 20 anos estaria sem trabalhar. Portanto, não estou triste, não estou zangada. Estou a rir, estou a rir".

"Magic Mike: A Última Dança"

De regresso ao lado de Channing Tatum em "Magic Mike: A Última Dança", Salma Hayek volta a ser diferente.

"Mais do que um filme sobre uma mulher mais velha que se apaixona por um homem mais novo, é sobre uma mulher de meia idade que tem muito potencial e está farta de ser prejudicada a vida toda", explica.

O filme chega esta semana aos cinemas.

TRAILER.