Robert Downey Jr. é fortemente contra o uso da Inteligência Artificial (IA) para recriar a sua imagem depois de morrer, deixando um sério aviso ao potenciais futuros executivos da Marvel que venham a pensar usá-la para ressuscistar  Tony Stark.

A posição surgiu durante uma conversa sobre os perigos da era da IA, nomeadamente os "deepfakes" e outras recriações, com o dramaturgo Ayad Akhtar e o diretor da Broadway Bartlett Sher.

“Existem dois caminhos. Como é que me sinto com tudo o que está a acontecer? Sinto isso minimamente porque tenho uma vida emocional verdadeira que está acontecer e não tem muito espaço para isso”, disse no 'podcast' "On With Kara Swisher", citado pelo Deadline.

Robert Downey Jr., que lançou todo o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) com “Homem de Ferro” em 2008, regressará como uma personagem totalmente diferente – Doutor Destino, um vilão proeminente na banda desenhada, em “Avengers: Doomsday”, que chegará aos cinemas em 2026, sete anos após a despedida como Tony Stark em "Vingadores: Endgame" (2019).

A esse propósito, o vencedor do Óscar por "Oppenheimer" acrescentou que não está preocupado que a Marvel "sequestre a alma" da sua primeira personagem porque existem "três ou quatro pessoas que tomam todas as decisões ali e nunca me fariam isso, com ou sem mim".

Quando a jornalista Kara Swisher lhe diz que futuros executivos do estúdio "certamente irão" querer recorrer a IA para recriar a sua imagem, a reação não deixou dúvidas.
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"Bem, tem razão. Gostaria de declarar aqui que pretendo processar todos os futuros executivos apenas por uma questão de princípio", comentou com humor.

Recordado que isso acontecerá quando já cá não estiver para se ir para os tribunais, o ator brincou: “Mas o meu escritório de advocacia ainda estará muito ativo”, o que levou a jornalista a comentar que ele está a preparar um controlo da sua imagem comparável à equipa que gere os direitos de imagem de Elvis Presley.