Com várias trocas de acusações, continua a escalar o conflito entre os atores Rebel Wilson e Sacha Baron Cohen.
No mês passado, a atriz australiana popularizada pelos filmes "Um Ritmo Perfeito" começou por dizer que dedicava a uma grande estrela de Hollywood que era 'cretino gigantesco' um capítulo inteiro do seu livro de memórias "Rebel Rising", que será lançado a 2 de abril.
A seguir, identificou-o como o comediante Sacha Baron Cohen, alegando que a sua equipa estava a ameaçá-la com uma ação judicial para a impedir de escrever sobre a altura em que trabalharam juntos na comédia de ação "Irmãos e Espiões" (2016), onde faziam de namorados.
Na semana passada, a revista People teve acesso a um excerto do livro, onde a atriz alega que o colega lhe pedia sistematicamente para tirar a roupa apesar de existir no contrato uma cláusula a rejeitar a nudez e para que enfiasse o dedo no seu traseiro (uma tradução aproximada da expressão original usada) porque achava que isso tornaria uma cena engraçada.
Na sexta-feira passada, um vídeo feito com um telemóvel publicado pelo tabloide britânico Daily Mail mostrava o ensaio da cena em questão, aparentemente a mostrar Wilson a concordar com o pedido de Cohen.
Numa declaração no mesmo artigo, a visada respondeu que o vídeo fora editado e partilhado fora do seu contexto.
"É uma atitude cretina divulgar a filmagem de uma parte daquele episódio nojento, deixando de fora tudo o que o precedeu, incluindo a minha recusa horrorizada em enfiar o dedo no traseiro do SBC”, dizia.
E acrescentava: "Isto não poderia ter sido para o filme já que o realizador Louis Leterrier nem estava presente. O que este vídeo editado mostra é o que tive que fazer para sair dali, conforme escrito em 'Rebel Rising'. Divulgar vídeos não autorizados e enganadores dos bastidores sem a minha aprovação é a forma mais recente do SBC para me intimidar e ofender".
Numa entrevista publicada este fim de semana pelo The Sunday Times, a atriz deu mais detalhes sobre "Irmãos e Espiões", dizendo que se sentiu 'desrespeitada na rodagem', mas se manteve calada por ter medo de ser considerada 'problemática' dentro da indústria.
"Acabou por ser a pior experiência profissional da minha carreira”, descreve.
O que também lhe chamou a atenção foi o guarda-roupa para a sua personagem, que acredita ter sido escolhido para mostrar 'toda a celulite nas minhas coxas e um top para mostrar a parte mais gorda do meu braço… como se eu fosse algo para ser ridicularizado e degradado por causa do meu tamanho".
"Uma coisa é alguém que é gordo explorar o seu tamanho para a comédia, mas é outra servir para alguém nos humilhar”, acrescentava.
Cohen fez uma única declaração, após ser identificado há uma semana como o 'cretino' do livro, desmentindo ter maltratado a atriz ou pressionado para que aparecesse nua no filme.
"Embora apreciemos a importância de falar abertamente, estas alegações comprovadamente falsas são diretamente contrariadas por indícios extensos e detalhados, incluindo documentos contemporâneos, filmagens e relatos de testemunhas oculares dos que estava presentes antes, durante e depois da produção de 'Irmãos e Espiões'", dizia o comunicado enviado à comunicação social pelos representantes da estrela popularizada por "Ali G" e "Borat".
A equipa também apresentou nove depoimentos anónimos de pessoas da equipa a sustentar que a cena de sexo existia no argumento.
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