O videojogo e a série da HBO "The Last of Us" são uma grande inspiração para a sequela do 'thriller' pós-apocalíptico "Eu Sou a Lenda", de 2007.
Anunciada quase há um ano, o projeto ainda está em desenvolvimento e contará com Michael B. Jordan e o regresso de Will Smith, assim como, atrás das câmaras, do produtor e argumentista Akiva Goldsman.
"Este vai começar algumas décadas depois do primeiro. Estou obcecado com 'The Last of Us', onde vemos o mundo apenas pós-apocalíptico, mas também, após um lapso de 20 a 30 anos. Vemos como a natureza toma posse do mundo e há algo de belo na questão de, quando o homem deixa de ser o inquilino principal, o que acontece?", antecipou Akiva Goldsman ao Deadline.
"Isto será especialmente visível em Nova Iorque. Não sei se eles vão subir ao Empire State Building, mas as possibilidades são infinitas", acrescentou.
O novo filme irá regressar ao desfecho do livro original de Richard Matheson, diferente do filme, o que justifica o regresso da personagem de Will Smith, com o argumentista a recordar que o autor abordava como "o tempo do homem no planeta como espécie dominante tinha chegado ao fim. Isso é uma coisa realmente interessante que vamos explorar".
Precisamente sobre essa controversa diferença entre livro e filme de que vários fãs se queixaram em 2007, principalmente depois de verem o final alternativo mais fiel disponível como um extra nas edições em DVD e Blu-ray, Akiva Goldsman promete para a sequela: "Haverá um pouco mais de fidelidade ao texto original".
Num dos seus mais famosos e pessimistas trabalhos, Will Smith era Robert Neville, um brilhante cientista e, sem saber a razão, talvez o único sobrevivente humano de um vírus numa pós-apocalíptica cidade de Nova Iorque onde infetados mutantes espreitam nas sombras, à espera que cometa um erro fatal. Em busca de uma cura e reverter os efeitos do vírus, faz testes com o seu próprio sangue e captura infetados para serem cobaias.
No final visto nos cinemas, o cientista sacrifica-se e a vários infetados que conseguem entrar no laboratório para permitir a fuga de outros dois sobreviventes, Anna e Ethan (interpretados por Alice Braga e Charlie Tahan), depois de lhes confiar uma amostra do sangue de uma cobaia que está a recuperar, o que representa a cura.
No final alternativo, o preferido pelo realizador Francis Lawrence, o cientista liberta a sua cobaia ao aperceber-se que é a companheira do líder do grupo que está a tentar invadir o laboratório, que deixa sair os três ilesos. Antes de deixarem Nova Iorque e dirigirem-se para um acampamento de sobreviventes a norte, Neville olha para as muitas fotografias das cobaias que usou para testes ao longo dos anos e, para seu choque, constata que, para os infetados, o monstro é ele.
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