«É uma homenagem muito justa.
Méliès foi um construtor dos efeitos especiais, que agora, assim se chamam, de fantasia, não é? Nos dias de hoje é efeitos especiais», clarificou
Manoel de Oliveira aos jornalistas.

O realizador, de 102 anos, lembrou que na apresentação de
«O Estranho Caso de Angélica», o seu mais recente filme, em Paris, fez a sugestão de Hollywood dar um Óscar póstumo a
Méliès pela invenção dos efeitos especiais que «os americanos tanto usam, de uma maneira fortíssima».

«Não sei se inspirou realizadores, há uns que se inspiram há outros que não, mas realmente os efeitos especiais estão hoje muito na moda são devidos a ele», indicou o realizador.

Autor de
«Viagem à Lua» e
«20 Mil Léguas Submarinas», e considerado por muitos o criador do cinema fantástico, o ilusionista e fabricante de brinquedos, nasceu em Paris a 8 de Dezembro de 1861.

Depois de ver uma demonstração dos irmãos Lumière, inventores do cinema,
Méliès realizou 531 curtas e médias metragens entre 1896 e 1914.

Com o apoio da Embaixada de França em Portugal, o Fantasporto exibiu os inéditos
«Le Grand Méliès», de
Georges Franju, e
«La Séance Méliès», de Jacques Nany.

Realizado em 1952, «Le Grand Méliès» é um 'biopic' ficcionado que incorpora documentos «raros» a que Franju teve acesso na qualidade de diretor artístico da Cinemateca Francesa.

A 31ª edição do Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto decorre até 6 de Março, no Teatro Municipal Rivoli.

SAPO/Lusa