"Ando a ser escrutinado desde os 23 anos. Estou com 60. Isso é muito tempo!", diz Johnny Depp.
Mas o ator está muito mais livre para falar sobre a indústria do cinema desde que se tornou definitivamente 'persona non grata' em Hollywood, após ser despedido da saga "Monstros Fantásticos" em novembro de 2020, quando perdeu um processo por difamação contra o jornal The Sun, que o rotulou de “espancador de mulheres”.
“De uma forma geral, durante a maior parte dos anos que tenho andado por aí a conversar sem rumo com as pessoas, elas realmente querem a mesma coisa”, disse numa nova entrevista à edição britânica do jornal Metro.
"Não querem ser alimentadas com lixo. Ficam felizes quando experimentam algo novo ou diferente. Portanto sempre senti ser essa a responsabilidade enquanto ator. Sempre que se está a fazer um filme... arrisca-se tanto quanto outra pessoa qualquer", acrescenta, a propósito da estreia em Inglaterra de "Jeanne Du Barry - A Favorita do Rei", o regresso ao cinema e em francês após ganhar um processo de difamação contra Amber Heard em junho de 2022, o último capítulo de um dos mais amargos e mediáticos divórcios de Hollywood.
A popularidade pode ter atingido uma popularidade estratosférica com a saga "Piratas das Caraíbas", mas sem trabalhar para os grandes estúdios há anos ("atiraram-me ao lixo", chega a dizer), Depp carregou nas críticas.
“Eles são descartáveis e sabem isso. Contabilistas glorificados que têm a capacidade de dar luz verde e fazer filmes de estúdio… mas ao dar luz verde, gastam imenso dinheiro. Os orçamentos são ridículos nestes filmes… tipo uma comédia romântica qualquer com duas pessoas muito populares. As pessoas, as pessoas reais, estão cansadas disso", garante.
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