Boas notícias para o cinema: John Williams desistiu de meter os papéis para a reforma.
Em junho do ano passado, o lendário compositor com 90 anos revelou inesperadamente que as suas últimas bandas sonoras para o cinema seriam "Os Fabelmans" e o quinto filme "Indiana Jones", que chegará aos cinemas no verão de 2023.
Agora, num evento na quinta-feira à noite ao lado de Steven Spielberg, citado pela revista Entertainment Weekly, o espírito é outro: "Vou ficar por aqui durante algum tempo. Não me posso reformar da música. Um dia sem música é um erro".
Uma das razões para o recuo é precisamente a colaboração artística com o realizador, que inclui 29 filmes nos últimos 47 anos: "Uma coisa é que o Steven não é uma pessoa a que se possa dizer não".
Ao seu lado, o realizador riu e disse que estava a descobrir naquele momento "que ele não se vai reformar".
A seguir, Williams recordou que o próprio pai de Spielberg trabalhou na fundação Shoah "até aos 101 ou 102 anos".
"Tenho dez anos pela frente", brincou, exprimindo o desejo de igualar essa produtividade e ética de trabalho duradoiro.
Com a nova notícia Spielberg acrescentou que o melhor é decidir o que vai fazer a seguir para se certificar que tem algo para o compositor poder trabalhar.
Além do trabalho externo ao cinema, em sinfonias e principalmente no género do jazz, John Williams ganhou cinco Óscares graças a "Um Violinista no Telhado" (1971), "Tubarão" (1975), "A Guerra das Estrelas" (1977), "E.T. o Extraterrestre" (1982) e "A Lista de Schindler" (1993), sendo celebrado ainda pelas composições icónicas para dezenas de filmes, incluindo o primeiro "Super-Homem" no cinema, "Indiana Jones", "Sozinho em Casa" e "Harry Potter".
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