Cronologicamente, "Pearl" posiciona-se como prequela de "X" (2022) e dá-nos a conhecer a origem da vilania presente nesse primeiro filme.
Mia Goth. Este filme gira em torno da 'tour de force' que é a prestação de Mia Goth — o monólogo final merece ir para uma lista de 'best of' — que tem recebido recente aclamação pela sua bem sucedida transformação em 'Scream Queen' (com "Pearl", "X", "Infinity Pool" são três dos exemplos mais recentes).
Este filme resulta de uma colaboração estreita entre atriz e realizador, Ti West. Com o impacto da pandemia na produção de cinema, West decide rodar dois filmes interligados e criar um novo universo no mundo dos 'slashers', cada qual com as suas referências estéticas e cinematográficas. Se "X" presta homenagem a filmes como "Massacre no Texas", "Psico" e "Boogie Nights", este filme apresenta-se como uma prequela bem mais Technicolor da idade dourada do cinema americano, que nos leva diretamente a 1918, em plena gripe espanhola e Primeira Guerra Mundial. Mas, para Pearl, a única preocupação é tornar-se uma estrela no firmamento de Hollywood. A sua ambição é a gasolina desta aventura delirante.
Ti West brilha, enquanto realizador, montador, argumentista e produtor, num género em que a criatividade ultrapassa sempre os parcos meios de produção. Esteticamente bastante diferente de "X", "Pearl" traz-nos uma Mia Goth magistral e um piscar de olhos, tanto cómico quanto violento, a "O Feiticeiro de Oz" ou "Mary Poppins". (IndieLisboa)
"Pearl" será apresentado na 20.ª edição do IndieLisboa, quinta-feira, 27 de abril, às 21h45, no Cinema São Jorge. Repete a 5 de maio, às 23h00, no Cinema Ideal.
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