O papel da esposa de Leo Tolstoy em
«The Last Sation» valeu a «Dame»
Helen Mirren a quarta nomeação à estatueta dourada, após duas de Melhor Actriz Secundária, por
«A Loucura do Rei George» (1994) e
«Gosford Park» (2001) e uma de Melhor Actriz pelo papel de Rainha Isabel II em
«A Rainha» (2006), que lhe valeu o trófeu.
Mas apesar das distinções se acumularem nos últimos anos, Mirren, com 64 anos, tem uma carreira que remonta à década de 60 e a um percurso riquíssimo no teatro, com interpretações fulgurantes em peças dos maiores nomes da dramaturgia mundial, como Shakespeare, Gorky ou Strindberg.
Os primeiros papéis no cinema também chegaram no final dos anos 60, com o primeiro importante a surgir pela mão de
Michael Powell em
«Homens Maduros». Seguiram-se películas como
«O Lucky Man!»(1973), o famigerado
«Calígula» (1979),
«A Sexta-Feira Mais Longa» (1980)
«Excalibur» (1981),
«O Sol da Meia Noite» (1985) - onde conheceu o seu actual marido, o realizador
Taylor Hackford -, e
«O Cozinheiro, o Ladrão, a sua Mulher e o Amante Dela» (1989).
Nos anos 90, a sua participação no cinema diminuiu, mas a longeva série policial que protagonizou,
«Prime Suspect», garantiu-lhe o reconhecimento popular que até então lhe fugia, apesar da reputação entre a crítica. E a partir daí, não voltou a parar, com o seu prestígio a transferir-se para as personagens que lhe eram oferecidas, encarnando em pouco tempo três rainhas diferentes: a Rainha Charlotte em
«A Loucura do Rei George», a Rainha Isabel I na série
«Elizabeth I» (2005) e a Rainha Isabel II em
«A Rainha».
Nos últimos anos, a carreira cinematográfica de Mirren continuou a ser marcada pela variedade, com trabalhos como
«Na Sombra de um Rapto» (2004),
«Na Sombra do Assassino» (2005),
«O Tesouro: Livro dos Segredos» (2005) e
«Ligações Perigosas» (2009). Tem actualmente prestes a estrear uma nova versão de
«A Tempestade», de Shakespeare, realizada por
Julie Taymor, em que interpreta uma versão feminina de Prospero.
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